ATA DA VIGÉSIMA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA TERCEIRA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 06-12-2007.
Aos seis dias do mês de dezembro do ano de dois mil
e sete, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara
Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e trinta e quatro minutos, foi
realizada a chamada, respondida pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Raul, Ervino
Besson, Guilherme Barbosa, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Marcelo Danéris, Margarete Moraes, Maria
Luiza, Neuza Canabarro e Professor Garcia. Constatada a existência de quórum, o
Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão,
compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho, Carlos Comassetto,
Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela
Maffei, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Newton Braga Rosa,
Nilo Santos, Sebastião Melo e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pelo
Vereador Haroldo de Souza, o Pedido de Providência nº 5439/07; pela Vereadora
Maria Luiza, o Projeto de Lei do Legislativo nº 288/07 (Processo nº 8417/07).
Também, foi apregoada a Emenda nº 03, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão,
Líder da Bancada do PPS, ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 006/07
(Processo nº 4417/07). Ainda, foram apregoados os Memorandos nos
489, 492, 494 e 496/07, firmados pela Vereadora Maria Celeste, Presidenta da
Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio dos quais Sua Excelência informa as
Representações Externas, respectivamente: do Vereador Newton Braga Rosa,
amanhã, na solenidade de entrega do troféu “Equilibrista” e de Diplomas de
Mérito aos Senhores Arlindo Paludo, Pedro Antonio Teixeira e Ruy Fernando
Vianna Soares, às doze horas e trinta minutos, no Centro de Eventos São José do
Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre; do Vereador Carlos Todeschini e da
Vereadora Sofia Cavedon, hoje, na Conferência Estadual de Educação, às
dezesseis horas e trinta minutos, na Universidade Luterana do Brasil – ULBRA –,
em Canoas – RS –; do Vereador Newton Braga Rosa, no dia doze de dezembro do
corrente, na solenidade de entrega do Prêmio Responsabilidade Social 2007, às
dezenove horas e trinta minutos, na Assembléia Legislativa do Estado do Rio
Grande do Sul, em Porto Alegre; do Vereador Guilherme Barbosa, hoje, na
solenidade de entrega do Prêmio Qualidade CREA-RS 2007, às vinte horas, no
Hotel Embaixador, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos
12692 e 13048/07, do Fundo Nacional de Saúde do Ministério da Saúde; 3104/07,
do Senhor Roberto Maciel Zeni, Gerente de Desenvolvimento Urbano da Caixa
Econômica Federal – CEF. Durante a Sessão, deixaram de ser votadas as Atas da Nonagésima
Primeira, Nonagésima Segunda, Nonagésima Terceira e Nonagésima Quarta Sessões
Ordinárias e da Trigésima Nona Sessão Solene. Após, o Senhor Presidente
concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao Senhor Adacir José Flores e à
Senhora Ana Maria Engers Lenz, representando a Associação de Moradores do
Centro de Porto Alegre, que registraram o transcurso dos setenta e cinco anos
do Viaduto Otávio Rocha, localizado na Avenida Borges de Medeiros, lembrando
que essa obra já foi tombada como patrimônio histórico e é área de atração
turística e cultural de Porto Alegre. Nesse sentido, solicitaram apoio deste
Legislativo para que sejam implementadas medidas que garantam a restauração
desse Viaduto e proporcionem mais segurança aos comerciantes e usuários do
local. Também, nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores João Carlos
Nedel, Claudio Sebenelo, José Ismael Heinen, Adeli Sell, Maria Luiza, Dr. Raul
e Ervino Besson manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a Tribuna
Popular. Às quinze horas e nove minutos, os trabalhos foram regimentalmente
suspensos, sendo retomados às quinze horas e onze minutos, constatada a
existência de quórum. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Adeli Sell
manifestou-se criticamente acerca de declarações que teriam sido dadas à
imprensa pela Vereadora Clênia Maranhão, de que a insuficiência de quórum no
dia de ontem, quando deveria ter sido votado o Orçamento do Município, foi
ocasionada pela Bancada do PT. Nesse sentido, afirmou que, mesmo votando
unanimemente contra a matéria, a Bancada do PT vai estar presente para discutir
encaminhar esse Projeto de Lei. A seguir, em face de Questão de Ordem e
manifestações formuladas pelo Vereador João Antonio Dib, a Senhora Presidenta
prestou esclarecimentos acerca da ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em
GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Luiz Braz comentou o Projeto de Lei do Executivo
nº 021/06, aprovado por esta Casa, que instituiu a Gratificação de Resultado
Fazendário e de Programação Orçamentária. Sobre o assunto, informou ter
solicitado ouvida da Comissão de Constituição e Justiça quanto ao Decreto
Municipal nº 15.551/07, o qual, segundo Sua Excelência, altera a legislação
votada por este Legislativo e concede reajustes salariais diferenciados aos
funcionários da Secretaria Municipal da Fazenda. O Vereador Marcelo Danéris
analisou os três anos de Governo do Prefeito José Fogaça, mencionando
deficiências na gestão municipal, que, segundo Sua Excelência, representam a
falta de planejamento estratégico para a Cidade. Nesse sentido, citou como
exemplos, entre outros, a paralisação da construção do Centro Popular de
Compras, denúncias de irregularidades na Secretaria Municipal da Juventude,
problemas com o gerenciamento do trânsito e a privatização de espaços públicos.
Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Carlos Comassetto considerou inadequadas as
políticas públicas do Executivo Municipal na área da habitação, contestando
números divulgados pelo Departamento Municipal de Habitação, no que se refere à
construção de moradias populares, e protestando contra a falta de informações
concretas acerca de reivindicações apresentadas pela comunidade do Recreio da
Divisa, localizada no Bairro Lomba do Pinheiro. O Vereador Guilherme Barbosa
frisou o respeito e a harmonia que devem caracterizar o relacionamento entre os
Poderes Legislativo e Executivo, citando Pedidos de Informação encaminhados por
Sua Excelência e não respondidos pelo Governo Municipal, referentes às
Secretarias Municipais da Saúde e de Obras e Viação. Também, protestou contra
informações divulgadas na imprensa, de que o Partido dos Trabalhadores teria
retirado o quórum nas Sessões Plenárias ocorridas ontem nesta Casa. O Vereador
Claudio Sebenelo contestou críticas ao Prefeito José Fogaça, hoje efetuadas
pelo Vereador Marcelo Danéris, no período de Grande Expediente, afirmando que o
pronunciamento desse Vereador não se pautou em análises construtivas, mas em
agressões de ordem pessoal, que não colaboram com a solução dos problemas da
Cidade. Ainda, apoiou a atuação do Governo Municipal, enfatizando as políticas
e obras realizadas nas áreas da educação e saúde pública. Na oportunidade, o
Vereador Marcelo Danéris manifestou-se, solicitando sejam disponibilizadas aos
Vereadores deste Legislativo cópias das notas taquigráficas de seu discurso em
Comunicações, tendo o Vereador Claudio Sebenelo se pronunciado, solicitando a
liberação desse material. Em prosseguimento, foi apregoado o Ofício nº 1566/07,
do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre, informando que se ausentará do
Município das oito horas e trinta e cinco minutos às vinte e três horas do dia
sete de dezembro do corrente, quando participará de reunião para avaliação e
proposta de uma “Rede de Prefeitos e Autoridades – Oficina Municipal”, a ser realizada
em São Paulo – SP. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Nilo Santos defendeu a
gestão do Senhor Maurício Dziedricki na Secretaria Municipal de Obras e Viação,
replicando críticas a esse Secretário, formuladas nesta Sessão pelo Vereador
Guilherme Barbosa. Além disso, relatou reunião ocorrida hoje com o Senhor
Nelcir Tessaro, Diretor-Geral do Departamento Municipal de Habitação, para
debates atinentes aos problemas habitacionais enfrentados por membros da
comunidade da Vila Areia. A Vereadora Maristela Maffei rechaçou o encaminhamento dado pelo
Executivo Municipal às dificuldades relativas ao processo de reassentamento dos
moradores da Vila Areia. Nesse sentido, afirmou que o Governo não tratou essa
comunidade da forma devida, cobrou mais atenção às reivindicações apresentadas
pelos Vereadores de oposição e repudiou a postura do Departamento Municipal de
Habitação ao encerrar a discussão do acordo de relocação e optar pelo processo
judicial de desocupação compulsória da área. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Dr.
Raul anunciou o fórum “Planejamento Familiar no Século XXI”, a ser realizado
pela Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul, no dia dezessete de
dezembro do corrente, discorrendo acerca de iniciativas desenvolvidas nessa
área pelos Governos Municipal, Estadual e Federal. Ainda, defendeu o Projeto de
Lei do Legislativo nº 132/07, de sua autoria, que institui a participação do
Município no Programa Primeira Infância Melhor – PIM. A seguir, a Senhora
Presidenta registrou as presenças, neste Plenário, do ex-Vereador Wilson Santos
e do Padre Roberto Paz. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Dr. Goulart, salientando a
excelência do atendimento realizado pelo Hospital de Pronto Socorro de Porto
Alegre – HPS –, chamou a atenção para a necessidade de admissão de pessoal
nessa instituição, em função de fatores como aposentadorias e licenças de
médicos. Sobre o tema, defendeu a contratação emergencial de pessoal, para
ocupação das vagas abertas, até que seja realizado concurso público para esses
cargos. A Vereadora Clênia Maranhão, registrando o transcurso do Dia Mundial
dos Direitos Humanos, a ser comemorado em dez de dezembro, salientou que a
Organização das Nações Unidas dedica essa data às atividades referentes ao
enfrentamento da pobreza. Nesse contexto, discursou acerca de indicativos
apontados por pesquisas feitas no Brasil, os quais dão conta da diminuição da
taxa de mortalidade infantil e do aumento do número de mortes entre jovens e
adolescentes. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Mario Fraga elogiou a Empresa
Pública de Transporte e Circulação pela pintura de vias públicas na Zona Sul,
apontou melhoras na coleta de lixo após a contratação da empresa Qualix para a
realização desse serviço e aprovou a atual gestão da Companhia Carris
Porto-Alegrense. Além disso, aplaudindo o trabalho da Secretaria Municipal de
Esportes, Recreação e Lazer, registrou o encerramento, no dia dois de dezembro
do corrente, do Campeonato Municipal de Futebol Amador. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 302/07;
em 3ª Sessão, os Projetos de Lei Complementar do Executivo nos 013 e
012/07, este discutido pelos Vereadores Carlos Comassetto, João Carlos Nedel,
Ervino Besson e José Ismael Heinen, o Projeto de Lei do Executivo nº 032/07,
discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Carlos Comassetto; em 4ª Sessão,
o Projeto de Emenda à Lei Orgânica nº 005/07, o Projeto de Resolução nº 086/07.
Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador José Ismael Heinen discutiu problemas
apresentados pela categoria dos taxistas, no que se refere à diminuição das
vagas de estacionamento nos pontos de táxi de Porto Alegre. Também, teceu
considerações acerca da poluição produzida no País e sobre o desmatamento da
Floresta Amazônica, protestando contra as políticas públicas do Governo Federal
no controle do meio ambiente e lembrando que o Brasil é tido como o quarto
maior poluidor do mundo. O Vereador João Antonio Dib analisou irregularidades
que teriam sido cometidas na construção de conjuntos habitacionais populares
durante o Governo do Partido dos Trabalhadores na Prefeitura de Porto Alegre,
citando como exemplo, especialmente, as Vilas Planetário e Lupicínio Rodrigues
e afirmando que, além disso, esses loteamentos desvalorizaram o entorno no qual
se localizam. Ainda, discutiu o atraso na votação do Projeto de Lei referente
ao Orçamento Municipal. O Vereador Haroldo de Souza pronunciou-se a respeito
das denúncias de irregularidades verificadas nos últimos tempos em nível
municipal, estadual e federal, defendendo o esclarecimento desses fatos e a
punição dos responsáveis. Ainda, discorreu sobre a possibilidade de aumento da
carga tributária brasileira e a necessidade de repasse de recursos federais
devidos ao Rio Grande do Sul, justificando que o Estado não tem sido tratado
com a devida importância pelo Governo Federal. Em continuidade, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento
verbal, formulado pela Vereadora Maria Celeste, solicitando alteração na ordem
de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia, nos termos estabelecidos em
reunião da Mesa Diretora com o Colégio de Líderes. Em Votação, foi aprovado o
Requerimento nº 081/07, por vinte e quatro votos SIM, quatro votos NÃO e uma
ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pela Vereadora Maria Celeste, tendo
votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo,
Carlos Comassetto, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Raul, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Guilherme Barbosa, Marcelo Danéris, Haroldo de Souza, João
Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela
Meneghetti, Mauro Zacher, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Professor Garcia,
Sebastião Melo e Valdir Caetano, Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo
Filho, Dr. Goulart e Nilo Santos e tendo optado pela Abstenção o Vereador João
Antonio Dib. Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do
Executivo nº 021/07 e as Emendas apostas, de nos 02; 05; 12; 16; 19,
esta com Subemenda nº 01; 20; 21; 23, esta com Subemenda nº 02; 26, esta com
Subemenda nº 01; 29; 30, esta com Subemenda nº 01; 34, esta com Subemenda nº
01; 35; 42; 43; 44; 47, esta com Subemenda nº 01; 48; 54, esta com Subemenda nº
01; 61; 68; 69; 70; 72; 73 e 80, esta de Relator; as quais obtiveram Parecer
pela aprovação, da Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL, por
vinte e cinco votos SIM e sete votos NÃO, após serem discutidos pelo Vereador
Marcelo Danéris e encaminhados à votação pelos Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha
e Professor Garcia e pela Vereadora Clênia Maranhão, em votação nominal
solicitada pela Vereadora Maria Celeste, tendo votado Sim os Vereadores Alceu
Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Raul, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Maria Luiza, Mario Fraga, Maristela Meneghetti, Mauro Zacher, Nereu
D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga Rosa, Nilo Santos, Professor Garcia e
Sebastião Melo e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos
Comassetto, Guilherme Barbosa e Marcelo Danéris e as Vereadoras Margarete
Moraes e Maristela Maffei. Após, em face de Questão de Ordem formulada pelo Vereador
Luiz Braz, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca dos critérios
utilizados para deferimento de Requerimentos solicitando votação em destaque
para Emendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, tendo o Vereador
Luiz Braz apresentado, verbalmente, o Recurso previsto no artigo 99 do
Regimento, contra a decisão da Senhora Presidenta de deferir os referidos
Requerimentos e tendo a Senhora Presidenta determinado que o esse Recurso fosse
formalizado por escrito. Ainda, em face de manifestação do Vereador Elói
Guimarães, a Senhora Presidenta prestou esclarecimentos acerca das Emendas
apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, que deveriam ser votadas
destacadamente. A seguir, foi votada destacadamente e rejeitada a Emenda nº 37,
aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, por sete votos SIM e dezenove
votos NÃO, após ser encaminhada à votação pelos Vereadores Aldacir Oliboni,
Carlos Comassetto, Dr. Goulart, Maristela Maffei, João Carlos Nedel, Luiz Braz,
Haroldo de Souza e Ervino Besson, em votação nominal solicitada pelo Vereador
Aldacir Oliboni, tendo votado Sim os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni,
Carlos Comassetto, Dr. Raul e Guilherme Barbosa e as Vereadoras Margarete
Moraes e Maristela Maffei e Não os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias
Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Mario Fraga, Mauro Zacher, Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Newton Braga
Rosa, Nilo Santos e Professor Garcia. Na oportunidade, em face de Questão de
Ordem e Requerimento, indeferido, formulados pelo Vereador Professor Garcia,
acerca do deferimento de Requerimentos solicitando votação em destaque para
Emendas apostas ao Projeto de Lei do Executivo nº 021/07, a Senhora Presidenta
informou que o Vereador Luiz Braz já apresentara Recurso sobre essa decisão. Às
dezoito horas e quarenta e um minutos, esgotado o prazo regimental da presente
Sessão, a Senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária a ser realizada a seguir. Os trabalhos foram
presididos pelas Vereadoras Maria Celeste, Maristela Meneghetti e Neuza
Canabarro e pelo Vereador João Carlos Nedel e secretariados pelo Vereador Alceu
Brasinha. Do que eu, Alceu Brasinha, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a
presente Ata, que, após aprovada pela Mesa Diretora, nos termos do artigo 149, parágrafo
único, do Regimento, será assinada pela maioria de seus integrantes.
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel):
Passamos à
O Sr. Adacir José Flores e
a Srª Ana Maria Engers Lenz, representando a Associação de Moradores do Centro
de Porto Alegre, estão com a palavra, para tratar de assunto relativo ao
trabalho desenvolvido pela entidade, no Município de Porto Alegre, e para
assinalar o transcurso do 75º aniversário do Viaduto Otávio Rocha, pelo tempo
regimental de 10 minutos, que será divido entre eles.
Convidamos a Srª Ana Maria
para fazer parte da Mesa.
O SR. ADACIR JOSÉ
FLORES: Boa-tarde a
todos os presentes. Em nome de todos os comerciantes do Viaduto Otávio Rocha,
assim como eu, e moradores dos altos do Viaduto, cumprimento o Ver. João Carlos
Nedel e demais componentes da Mesa. Cumprimento também os senhores e senhoras
da Vereança desta Casa, assim como as autoridades do Executivo e Legislativo
presentes, as entidades comerciais e culturais, agradecendo a presença de
todos.
Estamos usando esta
tribuna para comemorar os 75 anos desse monumento cultural e arquitetônico de
nossa querida Capital, patrimônio histórico tombado desde 1988.
Queremos aqui relatar
alguns fatos que fazem parte da nossa história cultural e econômica. Na década
de 60, foram abertos os espaços comerciais, os quais vêm sendo ocupados até
hoje, em virtude da invasão do local por andarilhos, na época.
Por medida de segurança,
as escadarias ligando a Av. Borges de Medeiros com a Rua Duque de Caxias foram
bloqueadas para o trânsito de pedestres, devido a assaltos e até mesmo estupros.
Quero salientar aqui que esse fechamento foi apoiado pelos moradores dos altos
do viaduto, à época.
No
final da década de 90, o viaduto passou por uma grande reforma, um verdadeiro
tsunami para nós comerciantes, devido a mesma ter sido mal elaborada estrategicamente
e arquitetonicamente. Aliás, este assunto nos traz, ainda hoje, aqui nesta Casa
- que representa todos nós cidadãos -, pois persistem os problemas de ordem
econômica, de segurança e de limpeza, principalmente porque não fomos ouvidos
na época das reformas feitas pelo Poder Público através dos órgãos competentes,
tais como Epahc, SMOV e SMIC.
Quero
citar aqui um exemplo do caos: A Tony Mágicos, com sua loja número 14 de
artigos para mágicas, que atrai público até hoje para o Viaduto, se retirou
logo após a reforma. Nosso nicho de mercado são as lojas de prestação de
serviços que vão desde chaveiro, xerox, consertos de relógios e óculos,
barbearias, além das lojas de vinil - conhecidas nacionalmente e até mesmo fora
do País devido às raridades em LP e até mesmo em CDs que oferecem - bem como
sebos. Um dos fundadores desse nicho é Vereador nesta Casa, o Ver. Adeli Sell.
Queremos
salientar que temos hoje uma recém-fundada Associação de Comerciantes do
Viaduto Otávio Rocha, cujo objetivo é lutar pela preservação desse patrimônio
histórico e pela sobrevivência dos comerciantes ali instalados.
Destaco
que temos, enquanto associação de comerciantes, um pensamento empreendedor, e,
por isso, passamos décadas e décadas e vamos continuar com o espírito aberto ao
diálogo, com a visão para o futuro, em harmonia e parceria com os Poderes
Executivo e Legislativo, como esta Casa já nos acena.
O
nosso monumento passa por uma crise devido à sua boa idade. Nós, tal como foi
salientado anteriormente, queremos ser parceiros para a recuperação desse
patrimônio histórico e cultural do Centro de nossa Cidade. Conclamamos aqui que
o Viaduto Otávio Rocha seja inserido no novo Plano Diretor da Cidade, através
de um artigo em que se dê uma direção enfocada na questão das vias ocupadas,
como uma rodoviária a céu aberto, sem o mínimo de estrutura para tal.
Igualmente
pedimos a esta Casa, através de seus Vereadores e Vereadoras, que nós,
comerciantes e moradores dos altos do Viaduto, participemos dos planos de
recuperação desse patrimônio público tombado.
Os
problemas são de estruturas externas devido à falta de segurança, além de
necessitar de um projeto mais arrojado de escoamento pluvial externo, cuja
falta contribui para o não-embelezamento arquitetônico desse monumento.
Aliás,
é preciso que todos entendamos a importância do Viaduto, não só como um modo de
sobrevivência de inúmeras pessoas que dependem do comércio ali existente, mas
também, e principalmente, pela sua importância cultural e histórica,
constituindo-se um dos elementos de atração turística para a nossa Cidade, o
que não tem sido devidamente explorado e incentivado.
Queremos
deixar registrado, nesta cerimônia em comemoração ao Viaduto Otávio Rocha, que,
através de nossa entidade maior, o Sindilojas, já encaminhamos à SMIC
solicitação visando a reduzir em 50% o valor dos aluguéis, da mesma forma como
foi feito para as lojas do segundo piso do Mercado Público, onde a
inadimplência caiu quase a zero. Esse documento foi entregue ao Secretário
Idenir Cecchim durante um café da manhã no Sindilojas, no dia 27 de julho de
2006. Recentemente encaminhamos ao CAR documento referente ao mesmo assunto,
devido aos problemas citados anteriormente. Nesse sentido também participamos
de reuniões como Delegados do Orçamento Participativo no ano de 2006.
Na
expectativa de um futuro de aproximação e de efetivo desenvolvimento das
parcerias visando ao bem da comunidade e, em particular, dos cidadãos
envolvidos direta e indiretamente com o Viaduto Otávio Rocha, agradecemos a
oportunidade desta manifestação, desejando a todos um ótimo final de ano, com
paz e tranqüilidade junto aos familiares, essa mesma tranqüilidade que
continuaremos buscando para o desenvolvimento de nossas atividades
profissionais junto ao Viaduto Otávio Rocha. A luta continuará em 2008, ano que
se torna ainda mais importante por ser um ano de eleições. Nós, cidadãos e
eleitores, temos esse detalhe sempre em mente.
Aproveitamos
a oportunidade para citar o grande pensador humanista Daisaku Ikeda: “A
esperança sempre brilha para uma pessoa que vive por objetivos elevados,
grandes crenças e ideais nobres”. Obrigado a todos. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (João Carlos Nedel): Convido
o Sr. Adacir José Flores para fazer parte da Mesa.
A Srª Ana Maria Engers Lenz está com a palavra.
A SRA. ANA MARIA ENGERS LENZ: Ilmo
Sr. João Carlos Nedel, na presidência dos trabalhos, Ilmos Srs.
Vereadores e demais participantes deste encontro, recaiu sobre a minha pessoa,
o que muito me honrou - como moradora da Rua Duque de Caxias, precisamente, em
um prédio nos altos do Viaduto, síndica deste, liderando o movimento dos
síndicos e condôminos das adjacências, ruas próximas e como associada e membro
da Associação dos Moradores do Centro de Porto Alegre - a escolha para prestar
o meu depoimento sobre o Viaduto Otávio Rocha, que hoje completa 75 anos.
O Viaduto foi construído com o objetivo de ligar o
Centro de Porto Alegre à Zona Sul; foi tombado pelo Município em 1988.
Atualmente, o Viaduto Otávio Rocha possui 34 lojas de diversas atividades, é
uma obra arquitetônica belíssima, com grande valor histórico e turístico. Por
sua beleza clássica, nele são feitos constantemente comerciais, gravações,
desfiles, filmes. O Viaduto recebe visitantes de todo o mundo. Por ele passam
centenas de pessoas diariamente. Mas não somente a beleza do Viaduto é vista.
Nós, moradores, condôminos, comerciantes e passantes deparamo-nos com outras
realidades: a sujeira, a decomposição, a destruição, assaltos, cenas de sexo,
pichações, uso freqüente das escadarias como sanitário pelos moradores de rua,
uso constante de drogas, água e dejetos decompostos localizados nos dutos,
ocasionando mau cheiro e surgimento de moscas, mosquitos, baratas e
infiltrações graves. Isso prejudica a população em geral, principalmente os
moradores e comerciantes que
se desestimulam no sentido de investir em seus estabelecimentos.
Nós,
moradores e comerciantes, unidos, pedimos: limpeza, conservação, iluminação,
retirada dos moradores de rua, segurança, manter a presença permanente da
Guarda Municipal e da Brigada Militar - trabalho conjunto - para coibir
assaltos, coibir o roubo de fios e lâmpadas, preservando, assim, a iluminação
e, principalmente, a população.
Queremos
salientar que pela primeira vez um Prefeito nos acolhe e ouve. Isso ocorreu
recentemente, no mês de novembro; S. Exª, o Prefeito José Fogaça, nos recebeu
juntamente com seu Secretariado, na condição de representante da Associação de
Moradores do Centro, ouviu atentamente nosso relato e se mostrou interessado em
formar parcerias, ou seja, que haja a participação do Poder Público, mas também
dos moradores e comerciantes para recuperar o Viaduto Otávio Rocha.
Pedimos
aos senhores, insistentemente, que também se empenhem e nos auxiliem nessa
empreitada para recuperarmos esse patrimônio público de interesse
sociocultural. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigada,
Srª Ana Maria Engers Lenz, convidamos a retornar à Mesa.
O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Em
nome da Bancada do Partido Progressista, especialmente em nome do Ver. João
Antonio Dib - que também gostaria de falar, porque só fala um por Bancada, nós
dois queríamos falar -, dou as boas-vindas aos representantes da Associação dos
Moradores do Centro, que tanta luta têm efetuado para melhorar as suas
condições. E agora o que a Ana Maria vem falar aqui, minha ilustre amiga e
conterrânea, expor os pedidos para melhorar a situação do Viaduto Otávio Rocha,
pedindo limpeza, conservação, retirada dos moradores de rua, mais segurança,
isso tudo, Sr. Adacir, vem melhorar a situação da região, ampliar as condições
de trânsito, vai aproximar as pessoas daquele monumento importante da nossa
Capital, melhorando o aspecto da nossa Cidade e também fortalecendo as
condições turísticas da Cidade. Eu quero, então, cumprimentar pelos 75 anos do
nosso ilustre e querido Viaduto Otávio Rocha, que tanto orgulha a nossa Cidade,
mas que precisa atenção do nosso Poder Público.
Também
quero agradecer ao Prefeito Fogaça, que recebeu essa Associação, que, há longos
anos, vem lutando para melhorar o Centro, para a melhoria do próprio Viaduto e
da Av. Senador Salgado Filho – que, como V. Exª falou, Sr. Adacir, é uma
verdadeira estação rodoviária a céu aberto.
Contem
com a Bancada do Partido Progressista, com os Vereadores João Antonio Dib,
Newton Braga Rosa e comigo, contem com todo o nosso apoio. E meus parabéns pela
luta em prol do desenvolvimento do nosso Município. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): Obrigado,
Ver. João Carlos Nedel.
O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidente, Neuza Canabarro; Sr. Adacir, Srª Ana Maria, o Centro da Cidade foi
virtualmente abandonado e posto em um plano extremamente secundário. E nós
vemos, hoje, os problemas gravíssimos, trazidos inclusive pela Associação dos
Moradores, relativos ao cartão postal de Porto Alegre, que é o Viaduto Otávio
Rocha; e também, para nós, há uma outra questão muito importante, que é a
questão da segurança. Talvez uma notícia boa que possa ser dada é que o
Comandante da Brigada Militar está fazendo um trabalho de remoção dos
brigadianos de cargos burocráticos, indo todos para rua fazer policiamento. Com
isso, talvez, possa ser atendido o seu pedido em relação à segurança. E eu me
proponho a ir pessoalmente marcar uma audiência com o Sr. Comandante da Brigada
Militar e com a Associação dos Moradores no sentido de resolver a situação
angustiante da segurança, e, especialmente, também com o Secretário Kevin
Krieger, para escalar, em caráter permanente, por ser um bem da Prefeitura de
Porto Alegre, o policiamento ostensivo ali, junto com a Brigada Militar.
É
uma forma de o Ver. Luiz Braz e eu nos oferecermos para ajudar nessa questão
tão complexa e tão grande, que envolve investimentos, e, inclusive, a
recuperação desse monumento da Cidade; envolve, também, essa questão da segurança,
que é tão difícil, e nós, inclusive, queremos, talvez, intermediar na questão.
Nós
ficaremos muito felizes por isso.
Muito
obrigado pela presença de vocês.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN:
Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, cumprimento o Sr.
Adacir e a Srª Ana Maria, da Associação do Viaduto Otávio Rocha.
Quero,
primeiramente, dar os parabéns aos senhores e à Associação, pela determinação e
coragem de virem até aqui e levantarem os problemas do seu entorno, caminhando
para as suas soluções.
Tudo
que nos foi relatado, aqui, é uma cultura que está na nossa Cidade, há muito
tempo, e em todos os bairros da cidade de Porto Alegre. E temos de partir para
as decisões que solucionem isso definitivamente, que são diversas. São diversos
os caminhos que temos de trilhar, e um deles, até estivemos tratando ontem, é
que está sendo montada uma Frente especial nesse sentido, nesta Casa: o
turismo.
No
momento em que a nossa Cidade despertar para uma política turística, com
certeza esses problemas vão minorar, porque o turismo traz junto uma cultura
diversificada, uma cultura limpa - a senhora falou em sujeira -, uma cultura de
iluminação pública, uma cultura de educação e de tudo o mais.
Queremos,
também, em nome do Democratas, nos colocar à disposição dos senhores.
Queremos
salientar, principalmente, com relação à segurança dos moradores de rua, que
hoje estão disfarçados de moradores de rua em pontos de droga. Isso corrompe a
nossa sociedade. Temos de achar as soluções. E, para isso, contem com a gente.
Parabéns
a vocês pelo trabalho maravilhoso, e obrigado por se importarem com os
problemas da nossa Cidade. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Neuza Canabarro):
Obrigada, Vereador.
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ADELI SELL: Minha
cara Verª Neuza, caros amigos Ana Maria e Flores, em nome da minha Bancada, do
Partido dos Trabalhadores, quero saudar o trabalho desenvolvido por vocês e por
todo um grupo de pessoas do Centro da Cidade, lembrando os 75 anos desse
monumento tão importante. A Verª Margarete Moraes, que já foi nossa Secretária
Municipal de Cultura e sempre tem defendido o patrimônio histórico e cultural
da nossa Cidade, me lembrava que, numa pesquisa realizada, o monumento mais
lembrado pelos porto-alegrenses é o Viaduto Otávio Rocha. E me lembro, também,
de um belo discurso, feito aqui. Quando Paulo José recebeu o Título de Cidadão
Honorário de Porto Alegre ele mencionou o Viaduto Otávio Rocha como o monumento
impactante que ele conheceu quando chegava, da sua cidade natal, do Interior,
para Porto Alegre e depois foi uma das pessoas que também freqüentou os palcos
do Teatro de Arena, que recentemente também aniversariou. O Ver. Guilherme
Barbosa, que já foi nosso Secretário Municipal de Obras e Viação, também sempre
se empenhou com esse Viaduto, e nós queremos nos somar a essa luta, pela sua
preservação, pela garantia da segurança dos cidadãos. Nós temos recebido e
temos encaminhado às autoridades públicas todo um conjunto de questões
atinentes ao Viaduto e principalmente na área da insegurança. Contem conosco,
portanto, estaremos atentos e participando efetivamente da preservação desse
patrimônio. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
(A
Verª Maria Celeste assume a presidência dos trabalhos.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Maria Luiza está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
A
SRA. MARIA LUIZA: Boa-tarde,
ao cumprimentar a nossa Presidenta, Verª Maria Celeste, cumprimento a Srª Ana
Maria e o Sr. Adacir. Ouvi, com muita atenção, as reivindicações que trazem a
esta Casa e eu falo em nome da Bancada do Partido Trabalhista Brasileiro. Eu
quero dizer para vocês que fui moradora, por sete anos, do Centro, e gosto
muito do Centro, estou há oito anos fora e até a virada do ano estou retornando
ao Centro, e quero poder, como moradora do Centro de Porto Alegre, agregar-me a
essa luta, junto com vocês, e acompanhar e contribuir, como cidadã, não só como
Parlamentar, mas como cidadã desta Cidade.
Com
relação ao Viaduto Otávio Rocha e em relação às demandas apontadas por essa
Associação, que faz um belo trabalho junto com todos os seus integrantes,
gostaria de dizer que a questão dos moradores de rua tem sido discutida, nesta
Casa, através da Comissão da qual eu faço parte, junto com outros Vereadores,
que é a CEDECONDH – Comissão de Defesa do Consumidor, Direitos Humanos e
Segurança Urbana. Recentemente, tivemos uma Audiência envolvendo todas as
Secretarias do Município, no que diz respeito aos moradores de rua, e nesta
semana se mobiliza a constituição de uma Comissão Especial para tratar
especificamente da questão dos moradores de rua. Então, quero dizer a vocês que
a Câmara Municipal está atenta a essas reivindicações e que, com certeza,
estaremos não só dando atenção, mas fazendo a intervenção necessária junto a
todas as Secretarias envolvidas no nosso Município, somando-nos aos Vereadores
Luiz Braz e Sebenelo. E, em nome da minha Bancada, coloco-me à disposição para
que a gente possa fazer este encaminhamento direto junto com vocês. Muito
obrigada, parabéns pela luta.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Verª Maria Luiza.
O
Ver. Dr. Raul está com a palavra, nos termos do artigo 206 do Regimento.
O
SR. DR. RAUL: Exmª
Srª Verª Maria Celeste, na Presidência dos trabalhos; Sr. Adacir José Flores e
Srª Ana Maria Engers Lenz, da Associação de Moradores do Centro de Porto
Alegre, através de vocês, quero desejar que estes 75 anos de aniversário do
Viaduto sejam pautados para realmente melhorar o local. Nós, enquanto
Vereadores, assim como o Ver. Professor Garcia - da nossa Bancada - e os demais
Vereadores do PMDB, já tivemos oportunidade de fazer vários Pedidos de
Providências no sentido de melhorar a manutenção daquele local, bem como a sua
segurança e iluminação, porque sabemos dos constantes problemas enfrentados ali
na Região. A situação melhora, e, dali a pouco, voltam a ocorrer os problemas.
Então, a gente está junto, com certeza, nesta luta. Sabemos das dificuldades,
da questão dos andarilhos, dos comerciantes, da manutenção do local e vamos
levar, inclusive, ao Prefeito José Fogaça o seu agradecimento de extrema
relevância. Realmente, o Poder Público está preocupado com esta questão, é um
monumento histórico importante para a cidade de Porto Alegre. Saúde para todos.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Obrigada,
Ver. Dr. Raul.
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ERVINO BESSON: Minha
cara Presidenta, Verª Maria Celeste; Srª Ana Maria e Sr. Adacir José, acho que
vocês trazem aqui um assunto importante para a Câmara Municipal. Esta Cidade
nos acolheu, porque muitos dos Vereadores que estão aqui, hoje, são advindos do
Interior; eu, por exemplo, fui acolhido nesta Cidade em 11 de agosto de 1961. E
uma das primeiras caminhadas no Centro foi para conhecer o Viaduto Otávio
Rocha, que hoje completa 75 anos. O que se ouviu hoje, da Ana Maria e do Adacir
José, não corresponde à Cidade que nós queremos. O Turismo não quer passar essa
visão da cidade de Porto Alegre. Acho que a Cidade perde quando as pessoas
vêm aqui e levam essa imagem de Porto Alegre. Ana Maria e Adacir, digo a vocês,
com muita tristeza, que em uma dessas festas da Nossa Senhora dos Navegantes,
no dia 2 de fevereiro, a CNN fez algumas imagens da procissão que aqui ocorreu,
com a presença de meio milhão de pessoas. Essas imagens, esses flashes
da procissão foram vistos nos Estados Unidos, e dentre essas imagens, foram
mostradas as pichações que temos em nossa Cidade. Não é essa Cidade que
queremos que outros países conheçam. Acho que o Poder Público, a Câmara
Municipal e a Associação de Moradores têm que estar em parceria para que
consigamos - não digo resolver como um todo - amenizar esse problema, mostrar
uma cidade de Porto Alegre melhor.
Portanto, em nome da Bancada do PDT, dos Vereadores
Neuza, Nereu, Mario Fraga e Mauro Zacher, temos que dizer para vocês que
estamos juntos nessa parceria para que, pelo menos, consigamos amenizar esse
problema que vocês trouxeram aqui na Tribuna Popular na Câmara Municipal. Muito
obrigado, nosso abraço a vocês.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Agradecemos a
presença do Sr. Adacir José Flores e da Srª Ana Maria Engers Lenz,
representando a Associação de Moradores do Centro de Porto Alegre.
Estão suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às 15h09min.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste - às 15h11min): Estão
reabertos os trabalhos.
O Ver. Adeli Sell está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Passamos ao
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Srª Presidenta, sendo esta uma Sessão Extraordinária, eu
acho o Grande Expediente, Pauta, e Comunicações não estão... Uma Sessão
Extraordinária não é uma Sessão normal.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
É verdade, Ver. João Antonio Dib, já vou verificar. Boa lembrança. (Pausa.)
Ver.
João Antonio Dib, sou informada - porque não estava no Plenário naquele
momento em que foi chamada a Sessão Extraordinária - que nesta Sessão
Extraordinária estariam previstos todos os momentos da Sessão, com Grande Expediente,
Comunicações e Pauta. Esta foi a convocação para a Extraordinária.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Eu
fiz questão, no momento, de alertar que seria apenas para entrar na Ordem do
Dia, porque nós teríamos que votar o Orçamento, e que seria feita a Tribuna
Popular, sim, porque as pessoas já estavam aí, mas tudo bem, a Mesa decide e eu
me curvo.
A SRA. PRESIDENTA (Maria
Celeste): Obrigada, Ver. João Antonio Dib, a Extraordinária foi chamada mantendo
todos os tempos da Sessão, e o Orçamento já deveríamos ter votado na data de
ontem, Vereador. Muito obrigada.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra em Grande
Expediente.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, senhoras e senhores, eu tenho me mantido, na medida do possível, um
Vereador, primeiramente, fiel aos eleitores que me trouxeram para cá e que me
mantém aqui há muitos anos. Mas eu sempre fui fiel aos pactos assumidos aqui
nesta Casa, ou em qualquer lugar em que eu esteja. Por isso eu procuro defender
aqui um Governo do qual nós fazemos parte, que é o Governo Fogaça. Mas jamais,
em local nenhum, eu vou defender aquilo que eu acreditar que está errado.
No final de
2006, nós aprovamos nesta Câmara Municipal um Projeto que veio do Executivo
estabelecendo a gratificação de resultado fazendário e programação
orçamentária. E nós fizemos isso para que os funcionários da Fazenda pudessem
ganhar de acordo com os incrementos de receita que tivesse o Município. A
argumentação, Ver. Dr. Goulart, era de que nós precisávamos aumentar a
arrecadação do Município de Porto Alegre. E essa arrecadação só seria possível
se os funcionários fazendários se esforçassem no sentido de fazer com que essa
arrecadação crescesse. Nós aprovamos, aqui, o Projeto. No início eu era contra,
mas me curvei aos outros Vereadores que fazem parte da base do Governo, e nós
aprovamos aqui essa gratificação.
Só
que o Executivo, em qualquer lugar, de acordo com o que diz a Constituição e a
Lei Orgânica, deve obedecer estritamente às leis aprovadas pelo Legislativo.
Não cabe ao Executivo legislar, de maneira nenhuma; ele tem que respeitar o
Legislativo! No meu modo de entender, o Executivo não respeitou aquela matéria
aprovada aqui, com o espírito que os Vereadores votaram. Nós aprovamos que, a
cada incremento da receita, os funcionários da Fazenda teriam uma gratificação.
Foi isto que foi aprovado aqui. Acontece que houve uma Emenda ao Decreto que
regulamentou a matéria – através de um Decreto, emendaram o Decreto -, o de nº
15.551. E para mim este Decreto está legislando; por isso eu estou pedindo que
a Comissão de Constituição e Justiça da Casa faça uma verificação dessa
regulamentação da Lei, porque nós não podemos ser aviltados no nosso dever de
votar, de legislar e também de fiscalizar. Diz aqui o § 6º do art. 2º deste
Decreto nº 15.551 (Lê.): “Obrigatoriamente, a cada exercício, deverá ser fixada
meta de incremento real da arrecadação fazendária em relação à meta de
arrecadação efetiva em Unidades Financeiras Municipais, UFMs, dos anos de 2001
a 2004, tomando-se para este efeito os valores das receitas arrecadadas
constantes na contabilidade e publicados os relatórios de execução orçamentária
nos termos do § 9º”. Ora, Ver. Barbosa, quer dizer que sem aumentar um real na
arrecadação - nem um real - os funcionários da Fazenda tiveram um aumento dos
seus salários, porque eles pegaram por base os anos 2001 a 2004, fizeram uma
média e, é claro, com essa média, entre 2001 e 2004, ficou fácil fazer os novos
salários dos funcionários da Fazenda. E o restante do funcionalismo público?
Nós queríamos e aprovamos aqui esta gratificação para a Fazenda para que todos
os funcionários públicos pudessem ser beneficiados, para que Porto Alegre
pudesse ser beneficiada. Nós não fizemos aqui uma legislação para dar aumento
de salário simplesmente para os funcionários da Fazenda.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Marcelo
Danéris está com a palavra em Grande Expediente.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Srª Presidenta
Verª Maria Celeste, Sras
Vereadoras,
Srs. Vereadores, público que nos acompanha aqui e pela TVCâmara, quero
aproveitar este período de Grande Expediente para fazer um balanço da
Governança Fogaça nesses três anos de gestão em Porto Alegre.
O meu mandato produziu um material que eu gostaria
de mostrar aqui à TVCâmara (Mostra o material.) “Governança Fogaça: mudança que
faz mal à Porto Alegre”. Este material é um balanço. No caso, como ele já foi
produzido há dois anos e dez meses, nós pretendemos fazer a segunda edição,
Verª Margarete Moraes, para o ano que vem. Tantas são as notícias produzidas
por este Governo, que, depois que eu fiz este material, o camelódromo já
iniciou e já foi parado pela própria Prefeitura. Um fiasco, tipo da má-gestão e
do não-planejamento de uma visão estratégica para a Cidade. Depois que eu fiz
esse material o Secretário da Juventude já caiu, suspeito de irregularidades.
Depois que eu fiz este material, Verª Margarete Moraes, houve o apagão do
trânsito, que nunca tínhamos ouvido falar na Cidade. Simplesmente, na véspera
de um feriadão, a Cidade parou às 16h30min e só voltou a funcionar às 20 horas.
Era impossível sair e chegar em Porto Alegre. Pode acontecer um grande
trânsito? Claro que pode. É um problema para as grandes cidades? Claro que é!
Onde estavam os “azuizinhos”? Dizem os jornais que estavam se deslocando para
os locais de engarrafamento. Ora essa! Véspera de feriadão, de sol, mas a culpa
não é dos “azuizinhos”, mas do planejamento da EPTC. Por que eles já não
estavam lá antes? Isso é planejamento, isso é visão estratégica da Cidade, isso
é mais: isso é cuidado com a Cidade! Cuidado que não tem nessa gestão, visão
estratégica que não tem e planejamento que não tem.
Tudo isso aconteceu depois que eu fiz essa produção
aqui, pelo mandato, analisando os dois anos e dez meses da Governança Fogaça;
portanto, exige uma segunda edição para atualizar as más notícias deste
Governo, que não pára de produzir uma atrás da outra.
Neste material - e nós estamos discutindo e
votando, na Sessão de hoje, o Orçamento do Município - nós podemos ver a
privatização do patrimônio público e dos espaços públicos da Cidade, porque a
Governança Fogaça nada mais é do que uma readequação do projeto do Governo
Britto no Estado, adequado a Porto Alegre. Senão, tem o Programa de Qualidade
Total, comandado pelo Sr. Gerdau Johannpeter,
que é o grande conselheiro da Governança Fogaça e, obviamente, aconselha a
reduzir do serviço público ao tamanho do Estado.
Nós sabemos onde vai dar essa balela do Estado
mínimo: é pior para quem mais precisa.
Depois, é privatização do espaço público:
camelódromo privatizado, Portais da Cidade privatizado. Venda, não é? Venda é
sempre uma opção à mão de qualquer programa que venha deste DNA do Governo
Britto. Então, vende-se a Folha de Pagamento dos servidores. E o Auditório
Araújo Vianna, dois anos e dez meses fechados, agora completando três anos fechado.
Qual a solução? Vender. Sempre é vender; vender espaço público e patrimônio
público é a primeira solução que esses governos de corte neoliberal e que têm
essa marca do DNA do Governo Britto trazem para a Cidade: venda do patrimônio
público - venda dos espaços públicos.
O Orçamento Participativo, em 2005 e 2006, Ver.
Carlos Comassetto, teve 501 demandas. De obras realizadas, até agora das
demandas do Orçamento Participativo da Governança Fogaça, 47 - 9.4% das obras.
Esse é o respeito à participação popular que era dito que seria mantido, lá na
campanha. O que significa
isso? Que, em 2004, nós tínhamos 28 mil pessoas participando do Orçamento
Participativo; em 2007, 14 mil, a metade. Sim, as pessoas vão lá para que,
afinal? Qual é o compromisso deste Governo com essas pessoas que deixam de
ficar com as famílias, deixam de ficar em casa, deixam o seu lazer para
discutir a Cidade? As pessoas chegam lá, decidem, e o Governo não executa! E aí
nós vimos os números do Orçamento: 260 milhões de reais, em 2005, de
investimentos: realizados 85 milhões; 215 milhões no segundo ano, em 2006;
realizados: 105 milhões. Prometem, para o ano que vem, no Orçamento que estamos
discutindo agora, 10% do total do Orçamento, 240 milhões, que nunca fizeram. E
mais: as receitas contam com o tarifaço da Yeda, porque esse Governo para
aumentar impostos, Ver. Luiz Braz, não paga imposto, esse não paga imposto!
O
Secretário da Governança Solidária, ex-Deputado Estadual, pedia licença para ir
votar o tarifaço do Rigotto. Pedia licença da Secretaria de Governo,
compromisso que se tem com a Cidade! Vai lá, volta para a Assembléia
Legislativa e vota aumento de impostos do Governo Rigotto. Não satisfeito com o
aumento dos impostos e tarifaços, veio o tarifaço 2, proposto pela Governadora Yeda,
que desmonta o Estado dia a dia. O que faz o Secretário da Governança
Solidária, que ninguém sabe o que é, e para que serve? Licença de novo para
votar o tarifaço 2, turbinado, da Governadora, e perde. Bom, aí, a Governadora
Yeda vem e tenta um novo tarifaço; aí, o Secretário da Governança Solidária já
não é mais Deputado, já não pode pedir licença e votar. O que faz o Prefeito?
Se pronuncia, publicamente, a favor do tarifaço e perde. Mas a Receita do
Orçamento para esse ano conta com os recursos do tarifaço que não foi aprovado
e diz que vai fazer 10% de investimento. Então, não é verdade nem o Orçamento,
nem o que fez antes, nem o que promete fazer.
E
cadê o Hospital da Restinga? Bom, esse foi para as calendas gregas. Cadê os
postos de saúde 24 horas que o Governo Fogaça propôs? Ninguém sabe, nem os que
funcionavam continuam funcionando, tem uma série de postos fechados, teve uma
crise gravíssima na Saúde, caiu o Secretário Municipal da Saúde. E quem sofre?
A população de Porto Alegre.
Escolas?
A média de escolas construídas antes era de quatro escolas novas ao ano.
Durante todo o Governo Fogaça não foi construída uma escola municipal nova, uma
sequer. Uma agonia na Saúde, constante.
As
moradias: quem sabe as moradias têm um investimento importante. A média das
moradias construídas com recursos próprios da Prefeitura - não com
transferências - era de mil habitações ao ano; hoje, é de 450; menos da metade
do que se tinha antes.
Quanto ao transporte
púbico, é só perguntar para qualquer um que tenha que enfrentar as paradas de
ônibus desta Cidade. São sujas, abandonadas, quebradas; os horários dos ônibus
não são cumpridos pelas empresas, não há fiscalização, ou seja, há um problema
gravíssimo no trânsito, mas, principalmente, no transporte público da Cidade.
A
Cultura, Verª Margarete Moraes, teve uma redução drástica da participação do
público. Mas eu acho que o mais triste para um Prefeito que se diz um artista e
que foi um músico consagrado, um compositor, é querer vender um símbolo da
Cultura em Porto Alegre, o patrimônio público mais importante, marca da
história cultural e política desta Cidade, que é o Auditório Araújo Vianna.
Fechou, sucateou, sucateou - e hoje dá tristeza passar na frente do Auditório
Araújo Vianna -, e a solução foi vender, por dez anos, para uma empresa
privada, que vai comandar quase 80% do tempo disponível desse Auditório. Isso é
muito triste se ver numa cidade!
E
o que é que o site da Prefeitura virou? Na verdade, virou o blog
do Fogaça. Podem abrir todos os dias, tem foto do Prefeito Fogaça todos os
dias; propaganda do Prefeito Fogaça todos os dias! Inconstitucional, irregular,
inorgânico, o que quiserem; é ilegal, principalmente. Nós denunciamos ao
Ministério Público, mas as fotos não pararam. E chega-se ao escândalo de mais
de 50% das fotos do site da Prefeitura serem do Prefeito! Agora, ele
estava vistoriando uma obra e usou um capacete em que estava escrito “Prefeito
Fogaça”, para vistoriar uma obra, com o símbolo da Prefeitura!
(Aparte
anti-regimental do Ver. Guilherme Barbosa.)
O
SR. MARCELO DANÉRIS: É,
talvez alguém o conheça, já que 30% da população de Porto Alegre não sabe nem
quem é o Prefeito, porque é um Prefeito ausente, é um Prefeito sem carinho pela
Cidade, sem palavra, sem projeto para Porto Alegre. Por isso é que eu brinquei
que é o PPP do Fogaça: não tem projeto, porque não apresentou um projeto para a
Cidade, senão vender todo o seu patrimônio e entregar o que pode; não tem
palavra, porque disse que não iria sair do Partido e fez troca-troca de
Partido; diz que não iria concorrer, concorreu, não tem palavra e não tem
Partido, porque não tem identidade ideológica; tem conveniências políticas e
eleitorais. Isso Porto Alegre não merece. Porto Alegre merece um Prefeito
comprometido com a Cidade, um Prefeito com coragem de mudar, um Prefeito de
verdade e um Prefeito de palavra. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Passamos às
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em Comunicações.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadoras, colegas Vereadores,
senhoras e senhores, quero tratar, neste período de Comunicações, de um
conjunto de análises dos resultados da política pública municipal e da eficácia
- entre aspas - do Governo Municipal.
Ver.
Brasinha, o senhor está devendo dizer para esta Casa quais as grandes obras do
Governo Fogaça, porque o senhor, até o momento, não veio aqui nos comunicar.
Vou começar pelo Departamento Municipal de Habitação. Em primeiro lugar, os
números que o DEMHAB divulgou na prestação de contas para as comunidades são
números totalmente errados, apresentam uma inverdade, e eu gostaria de
justificar aqui porque estou afirmando isso. Está ali colocado que são 700
casas de emergência, aquelas casas feitas com compensado, dois metros por dois
metros, com um telhado, registradas como habitação popular. Portanto
Vereadores, senhores, senhoras, isso é brincar com a opinião pública a respeito
de habitação popular.
O
segundo tema, relacionado ao próprio DEMHAB, é o desrespeito, Srª Presidenta,
com que o Departamento Municipal de Habitação vem tratando esta Casa, o
Legislativo Municipal. E vou trazer para esta tribuna uma denúncia pública para
a Líder do Governo, para que auxilie que o Departamento Municipal de Habitação
passe a respeitar este Legislativo. Realizamos aqui na Casa uma Audiência
Pública da CEDECONDH, com a CECE, tratando da comunidade do Recreio da Divisa.
Estabelecemos uma agenda e uma pauta para uma segunda reunião lá na comunidade
Recreio da Divisa, na Lomba do Pinheiro, na parada 13. Lá estivemos, quando, do
meio para o final da reunião, chegou o representante do DEMHAB sem nenhuma
resposta para levar à comunidade, inclusive com os projetos que tinha ficado
comprometido de relatar, o de urbanização e o da eletricidade, em conjunto com
a CEEE. Qual foi a afirmação que fez o representante do Departamento Municipal
de Habitação, o Sr. Severo? Ele disse: “Nós não iremos responder nada à Câmara
Municipal, se a Câmara quiser, e as Comissões, que vão às reuniões da
comunidade”.
O
SR. GUILHERME BARBOSA:
Verª Maria Celeste, nossa Presidenta; colegas Vereadores e Vereadoras, tenho
tentado exercer meu papel de Vereador de oposição. A democracia precisa de
oposição, da forma mais digna possível, séria, respeitosa, estudando os números
para me posicionar, e assim por diante. Tenho tratado com respeito o Sr.
Prefeito e com os seus Secretários e tenho me esforçado para trabalhar dessa
forma. Tenho ouvido, de vez em quando, aqui nesta Casa, que uma marca da
Administração Fogaça é a relação democrática de respeito, e assim por diante.
Pura balela! Quero mostrar aqui quatro exemplos de que isso não é verdade, como
sempre com dados concretos. Fiz um Pedido de Informação, dirigido à Secretária
da Saúde, sobre o número de implantes contraceptivos subcutâneos que já foram
implantados na rede de Saúde do Município. Os colegas Vereadores devem lembrar
que esse foi um tema de uma Audiência Pública. Queria-se fazer uma experiência
de campo aqui no nosso Município, lá na Restinga, com as moças pobres, sem
assumir que era com esse intuito. O Conselho Municipal não permitiu isso.
Ajudamos nesse sentido. E era para espalhar os contraceptivos em toda a rede.
Fiz esse pedido no dia 24 de agosto. No dia 25 de outubro, a Câmara,
corretamente, relembrou esse Pedido de Informação. Hoje é dia 6 de dezembro, e
nenhuma resposta. E nós temos informações – eu não queria falar disso antes de
ter a resposta ao Pedido de Informação, que nunca chega, por isso estou
trazendo – de que o Médico da Restinga, Tiago Duarte, está ou esteve já
aplicando clandestinamente esses implantes. Quero fazer essa denúncia! Não recebo
a resposta porque “tem lingüiça embaixo do angu”! Estou dizendo o nome do
médico: Tiago Duarte, da Restinga. Se não responderem, vai ficar essa denúncia.
E
vamos adiante: fiz dois Pedidos de Informações com relação à iluminação pública
na nossa Cidade, em 17 de setembro, perguntando, tranqüilamente, qual o
encaminhamento do Programa Reluz, de Porto Alegre, que é importante para trocar
70 mil pontos de luz para deixar a Cidade mais iluminada, gastando menos
energia. Aprovamos o financiamento com os votos de todos nós, da Bancada do PT.
Nada de resposta! A Câmara refez a solicitação em 6 de novembro. Mais um mês, 6
de dezembro, nenhuma resposta!
Pedido
de Informação também para a SMOV em 17 de setembro: quais as empresas
contratadas, e a licitação e o contrato para a manutenção da iluminação pública
na cidade de Porto Alegre? O mesmo prazo, nenhuma resposta! E a gente tem
informação de bastidor de que não tem licitação, o contrato foi feito sem
licitação, de forma direta, em milhões de reais! Por que não respondem? Eu acho
que é porque a resposta é essa que eu dei.
No
dia 25 de junho, vejam os senhores, encaminhei um oficio ao Sr. Secretário
Mauricio Dziedricki, da SMOV, o “secretário mauricinho”, pedindo uma audiência
para falar sobre problema de uma rua de uma vila da nossa Cidade. Não me
respondeu, nem sequer um telefonema! É esse o Governo democrático que respeita
os Vereadores? Nada, conversa fiada! E eu quero dizer que sou um que mede as
palavras, porque sei que às autoridades constituídas se deve respeito – lembro
quando éramos situação: queríamos respeito -, mas ontem o que aconteceu foi
muito feio, foi uma vergonha! A situação tirou o quórum, o que é um
procedimento regimental – nós, muitas vezes, retiramos o quórum da Sessão. Agora, dizer
aquilo na imprensa... Eu não sei se foi a Líder do Governo ou quem foi, mas foi
dito para a imprensa que quem havia tirado o quórum havia sido nós, a Bancada
do PT! Quando exatamente nós demos o quórum, estávamos aqui, respondendo à
chamada! Avaliação de posições diferentes é uma coisa; agora, mentir
descaradamente... Mentir! Isso é um rebaixamento da política! Se não foi a Verª
Clênia, digam quem foi! Se ela não disser, foi ela a responsável! Isso nós não
podemos admitir! Tirada de quórum é regimental, faz parte da prática
parlamentar. Agora, mentir? Isso é feio, rebaixa a democracia, rebaixa a
política! Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Claudio
Sebenelo está com a palavra em Comunicações.
O SR. CLAUDIO SEBENELO: Srª
Presidenta, Maria Celeste; Srs. Vereadores, eu queria dar os parabéns ao Ver.
Comassetto e ao Ver. Guilherme Barbosa, que fizeram um discurso acre, forte,
crítico, mas tiveram a dignidade de não levar a questão para o terreno pessoal.
Não sei por que o Ver. Marcelo Danéris, um dos excelentes Vereadores que esta
Casa tem, insiste em ofender o Prefeito José Fogaça. Se há uma pessoa por quem
nós, Vereadores, podemos botar a mão no fogo pela sua conduta, pela sua
dignidade, pela sua postura, pela tranqüilidade com que enfrenta os problemas e
até com certo anonimato em relação à falta de promoção pessoal, essa pessoa é,
indiscutivelmente, o Prefeito José Fogaça. Nós não gostaríamos que o debate
chegasse a esse nível, a não ser que haja algum outro problema de ordem pessoal
que não saibamos do Ver. Marcelo Danéris, que toda vez que vem aqui, por
exemplo, emite documentos e,
em vez de dar satisfação para a população do que ele faz como Vereador, ele só
se louva nos defeitos dos outros, nunca nas virtudes próprias, que ele tem
muitas, porque ele é um excelente Vereador. Ora, mas a população precisa saber
também o que ele faz e desempenha, até vou dizer a todos que estão aqui agora,
porque isso não precisa ser dito, mas, com toda a justiça, ele foi eleito Presidente
do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores. É muito bom que nós
tenhamos um jovem competente como o Ver. Marcelo no Partido dos Trabalhadores
fazendo esse tipo de trabalho. Mas vir para esta tribuna e só desfazer de uma
só pessoa, as coisas devem estar em um outro nível que nós não sabemos qual é!
Porque não se pode esquecer também que um dos massacres, proporcionado pelo
Partido dos Trabalhadores, foi a política de Educação Infantil nesta Cidade,
sim, senhor! Sem dinheiro, cheio de dificuldades, o Prefeito Fogaça, só neste
ano, já inaugurou nove creches, e, até o fim de seu mandato, haverá mais 19
creches públicas inauguradas. Se as coisas estão difíceis em todas as áreas, o
aumento do Programa de Saúde da Família foi indiscutível. As questões voltadas
para a sua Administração, quem não as tem? Olhem, há problemas na Secretaria da
Juventude! Olhem, o Lula, não teve problemas lá com oito Ministros seus que
foram despedidos, à força, por escândalos? Acho que levantar esse tipo de
problema não é correto, e também não é correto colocar tudo na pessoa do Sr.
Prefeito. Eu sou do Partido da Social Democracia Brasileira, o Ver. Luiz Braz é
meu colega de Bancada, é o meu Líder, quero dizer que nós temos procuração do
Sr. Prefeito para defendê-lo, sim, e vamos fazê-lo aqui, mas só acho que o
debate não pode decair para um terreno tão difícil de ser tratado, porque, se
houver qualquer... Todos nós estamos sabendo, por exemplo, que mais de 600
obras do Orçamento Participativo não foram cumpridas nos 16 anos de
Administração do Partido dos Trabalhadores! Nós ficamos com esse acervo, entre
aspas, de obras não-cumpridas que estão agora sendo cumpridas e assumidas pelo
Prefeito Fogaça. Então é muita injusta essa crítica feita à Administração do
Prefeito, mas, principalmente, à sua pessoa, porque, se há uma pessoa atenta,
competente...
O
Sr. Alceu Brasinha: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Claudio Sebenelo, essa é
a tática com que a oposição age sempre: o Ver. Marcelo Danéris ataca o Prefeito
Fogaça, diz que ele não tem feito nada; o Ver. Guilherme Barbosa ataca o
Secretário Maurício Dziedricki, chamando-o de “mauricinho”. Eu não concordo que
o chamem de “mauricinho", ele tem feito muito pela Cidade, tem trabalhado
muito bem e tem atendido à população de Porto Alegre. E o Prefeito Fogaça não
tem feito mais, porque está pagando a dívida que ficou, e ficou muita dívida;
quem teve que pagar a primeira prestação da Av. Perimetral foi o Prefeito
Fogaça, Ver. Claudio Sebenelo.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Sabe
o que eu estou achando, com toda a sinceridade? Eu não vejo outra razão para
cair nessa questão pessoal – e já termino, Srª Presidenta -, eu acho que o
Partido dos Trabalhadores deve ter alguma pesquisa em que o Prefeito Fogaça
deve estar liderando. E aí a questão - meu Deus do céu - passa a ser apenas uma
questão eleitoreira, por essa voracidade, essa agressividade e essa injustiça
pessoal com o Sr. Prefeito. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. MARCELO DANÉRIS: Presidente,
gostaria de disponibilizar à Mesa e a todos os Vereadores e Vereadoras as notas
taquigráficas da minha fala de agora há pouco, para demonstrar que não houve
nenhum ataque pessoal. Faço o debate político, e uma das minhas armas, na
política, com certeza, não é o sofisma, como alguns gostam.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Informado
e esclarecido ao Plenário, Ver. Marcelo Danéris.
Apregôo
ofício do Sr. Prefeito Municipal: “Srª Presidenta. Ao cumprimentá-la
cordialmente, comunico a V. Exª e demais Edis, conforme prevê a Lei Orgânica do
Município de Porto Alegre, que deverei ausentar-me do Município das 8h35min às
23h, do dia 07-12-2007, oportunidade em que, a convite da fundação Konrad
Adenauer, participarei da reunião para avaliação e proposta de uma ‘Rede de Prefeitos
e Autoridades – Oficina Municipal’, em São Paulo. Registro, por oportuno, que o
Dr. Eliseu Santos, Vice-Prefeito, assumirá na vacância e que o ônus para o
Executivo Municipal será de uma passagem aérea Poa/SP/Poa e a concessão de ½
(meia) diária. Atenciosamente, Prefeito Municipal José Fogaça.”
O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Srª Presidenta, pediria a sua gentileza de pedir ao Ver. Marcelo Danéris que
libere o seu discurso de agora, as notas taquigráficas.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Ele já liberou as notas taquigráficas, aliás, estará disponibilizado na
Intranet da Câmara Municipal e de todos os Vereadores.
O
Ver. Nilo Santos está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. NILO SANTOS: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
gostaria que, depois, o Ver. Guilherme Barbosa se retratasse, porque não fica
elegante chamar um Secretário da nossa Capital, Porto Alegre, ainda que V. Exª
veja nele um jovem, não fica elegante chamá-lo de “mauricinho”. O nome dele é
Maurício Dziedricki, e ele é Vereador nesta Casa, assim como Vossa Excelência.
Então,
gostaria que, depois, V. Exª se retratasse.
Até
mesmo porque o Ver. Maurício Dziedricki, apesar de ser jovem, tem executado um
ótimo trabalho junto à SMOV, principalmente, na parte da iluminação pública.
É
do conhecimento de todos os senhores e senhoras que cabos, em Porto Alegre,
foram furtados como nunca antes! Há uma onda de roubo de cabos, de fios de
cobre por toda a Cidade! E nunca foi visto tanto roubo como durante esse
Governo.
Gostaria
que o Ver. Guilherme Barbosa desse uma recapitulada nos investimentos feitos
durante a sua gestão em matéria de iluminação pública. Porque, com certeza, no
momento em que V. Exª fizer essa avaliação, Ver. Barbosa, V. Exª verá que não
tem no que criticar o Vereador e Secretário Maurício Dziedricki. Até mesmo
porque são investimentos que estão sendo realizados nesta Cidade.
Quando
as coisas não funcionam, eu concordo que as critiquem. Quando não funcionam, o.k.,
mas quando as coisas estão bem encaminhadas, por favor, é necessário que haja
respeito.
Porque
a canção de que “só nós sabemos fazer, só nós somos os bons, nós somos os
melhores, porque nós sabíamos fazer”, o povo já disse na última eleição que não
concordava mais, que estava cansado, e ponto final, ainda que alguns Vereadores
da oposição não gostem de ouvir esse tipo de discurso! Só que a tribuna não é
lugar para ficar levantando coisas sem base, sem fundamento, desrespeitando as
pessoas.
E,
da mesma forma, quero também trazer a esta tribuna um fato ocorrido com os
moradores da Vila Areia. Nós agendamos, a pedido da Presidenta desta Casa, Verª
Maria Celeste, uma reunião com o Secretário Tessaro. Foram recebidos hoje, lá,
e quero também aproveitar esta tribuna, neste tempo de Liderança, Presidenta,
para lhe adiantar que o combinado foi cumprido. Nós agendamos, e eu levantei a
hipótese, a denúncia de que estariam sendo mal-tratados pela servidora. Foi o
primeiro fato que eu abordei, o que trouxe indignação à Verª Maristela Maffei,
mas nós não podíamos entrar em assunto algum sem esclarecer essa denúncia. E
foi relatado lá, e a própria população não confirmou a acusação de que a
patrola passaria por cima.
(Manifestações
nas galerias.)
O
SR. NILO SANTOS: Não
confirmou! Algumas pessoas confirmaram, outras não confirmaram; quero deixar
isto bem claro! Eu quero pedir aos Vereadores desta Casa que, quando
mobilizarem as comunidades, quando mobilizarem, Srª Presidenta...
(Manifestações
nas galerias.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Por gentileza, só um minuto, Vereador; eu garanto o seu tempo na tribuna. Está
mantido o seu tempo.
O
SR. NILO SANTOS: Quando
mobilizarem, Srª Presidenta, as comunidades, para tratarem com os Secretários,
eu gostaria que não fosse de uma forma agressiva, e muito menos que Vereadores
desta Casa se prestem ao papel de ficarem achando que o Secretário tem que dar
a resposta que o Vereador quer ouvir! O DEMHAB vem fazendo um trabalho sério.
Essa demanda, Ver. Guilherme Barbosa... Ver. Guilherme Barbosa! (Manifestações
no plenário.) Eu exijo respeito, Presidenta, neste momento, porque daqui a um
pouquinho começa a virar baixaria.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Vereador, conclua, está terminando o seu tempo, por gentileza.
O
SR. NILO SANTOS: Eu só
acho que, quando usarem a tribuna, falem o que quiserem, mas respeitem o meu
tempo, por favor! Por favor!
(Manifestações
no plenário.)
O
SR. NILO SANTOS: Não é
ditando regra, o que não pode ocorrer é acharem que tem de levar a comunidade
lá... Porque é demanda antiga, não atenderam durante o seu Governo e acham que
este Governo tem obrigação de resolver da noite para o dia! Isso é uma questão
de construção para a comunidade, não para ficar colocando” fogo no pé da
comunidade” para depois ir para cima do Secretário! Isto é uma questão de
construção, leva tempo. Demanda reprimida na habitação! Há muito tempo não vem
sendo atendida esta comunidade e, agora, atiram para cima do colo do Diretor do
DEMHAB, neste Governo, como se não tivessem responsabilidade alguma com aquelas
famílias, lá! Se estão, hoje, na pobreza... E eu falo porque eu venho do morro
também, não fui criado no apartamento da vovó, no terceiro andar. Venho do
morro, e sei, também, como a minha comunidade foi abandonada durante 16 anos.
Essa comunidade, agora, também foi abandonada durante muitos anos. E querem que
o Prefeito Fogaça resolva do dia para a noite as coisas. Não usem as pessoas
para enfraquecer, para fragilizar o Governo, tenham mais respeito com elas! Obrigado.
(Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª
Presidenta, Srs. Vereadores, senhoras e senhores que estão nos assistindo, em
primeiro lugar nós tivemos uma reunião, segunda-feira, com a Presidenta desta
Casa e fizemos uma comissão para irmos junto com as pessoas, moradoras da Vila
Areia. O Vereador Líder do PTB - Ver. Goulart -, o Ver. Nilo e o Ver. Brasinha
foram lá junto comigo e o Ver. Todeschini, com a comunidade. A comunidade
estava presente, aguardava lá embaixo. A empresa que ia levar as pessoas
recebeu uma ligação para desarticular a comunidade, para a comunidade não ir –
fomos informados disso por pessoas lá de dentro mesmo, de onde veio a ligação.
A
outra questão não é, Ver. Haroldo, a questão colocada aqui, se vai resolver ou
não. A questão é o trato. Primeiro, as pessoas em especial em Porto Alegre...
Olhem como uma pessoa se dirige a uma comunidade mais empobrecida: “esses
Vereadores da Casa vão lá para fazer a cabeça daqueles coitados, que são
burros”; então, qualquer um pode “botar cincha” e sair falando. É assim o
tratamento que alguns segmentos, Ver. Haroldo, dão à população de Porto Alegre.
Eles denunciaram, não só na Vila Areia, como também
na Vila Dab Dab, o tratamento que era dado por uma CC, que tratava lá,
uma assistente social, a comunidade, dizendo que, se eles não saíssem, ia
passar a patrola em cima. Eles reafirmaram na frente dela isto. Não estou
entrando no mérito de quem é mentiroso, aqui, Vereadores: estou dizendo,
recolocando como foi a situação. Solicitei que não tirassem do foco a nossa
reivindicação; o foco era se vão conseguir resolver ou se vamos achar um meio
termo para resolver. Puxaram a rédea para aquele assunto, para polemizar, Ver.
Luiz Braz, para entrar com outro assunto, para tirar do foco principal, que era
a nossa responsabilidade.
Agora, Vereadores, se eu, enquanto Vereadora desta
Casa, não puder acompanhar segmentos da sociedade no Executivo e ser respeitada
por quem está me recebendo, me avisem, porque, então, estou no lugar errado;
então, o exercício do meu mandato está equivocado; então, eu não posso mais ser
legisladora e lutar por aquilo em que acredito.
É verdade, sim, que o maior problema que existe na
cidade de Porto Alegre é a questão da habitação, todos nós sabemos disso; é
verdade, sempre foi. Agora, quanto às demandas e projetos estabelecidos que
existem ali, nós viemos num passo a passo, construindo com muita dificuldade.
Aí nós vamos lá e não há mais negociação. Foi o que
o Diretor disse: vocês não querem fazer acordo, então vocês vão ser despejados;
vamos ligar para a PGM, e não tem mais conversa; foi isso que foi dito. Caso eu
esteja falando uma inverdade - Ver. Brasinha, Ver. Goulart -, subam aqui e me
digam, digam nesta tribuna se estou falando alguma inverdade, porque aí não é
só uma versão; os senhores estavam junto, e foi desse jeito que nós fomos
tratados. Não houve negociação. Vereador, naquela Casa, ao menos de oposição,
não vale nada! Não vale nada! Foi desse jeito que fomos tratados, tentando
puxar o foco do assunto, desviando o foco para não ter negociação. Então,
Vereadores, dá vontade de chorar; sinceramente, dá vontade de chorar. Isso é
uma autarquia do Executivo tratando a Casa do Povo de Porto Alegre. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Retornamos
ao período das Comunicações.
O
Ver. Dr. Raul está com a palavra em Comunicações, por transposição de tempo com
a Verª Clênia Maranhão.
O
SR. DR. RAUL: Exma
Srª Presidenta desta Casa, Verª Maria Celeste; Vereadores, Vereadoras, aqueles
que nos assistem, aqui; saúdo de maneira especial a Assistente Social Ivone.
Trabalhamos muito tempo juntos, inclusive na comunidade da Vila Areia, que foi
citada aqui, e na Vila Tio Zeca. Então, estamos juntos com a comunidade e
pretendemos despolitizar essa matéria e fazer com que seja resolvida,
realmente, a questão da habitação das pessoas.
Eu
venho a esta tribuna falar sobre a questão do planejamento familiar, me
solidarizar e dizer que vamos participar, também, com intensidade, desse Fórum
que vai ser realizado na Assembléia Legislativa, neste mês, onde virá o
Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para dizer, realmente, para a sociedade
que o planejamento familiar é fundamental e que são necessárias ações
objetivas, claras, para que as pessoas possam realmente definir e ter as
condições para que seja viável ter aqueles filhos, quando os querem e quantos
querem. Mas que o Governo, na sua necessidade de fazer, principalmente pelos
desfavorecidos, coloque à disposição, por ser um Estado laico, os métodos
contraceptivos de uma maneira mais intensa e, mais do que isso: coloque também
o tratamento da infertilidade para os casais que têm dificuldades de ter os
seus filhos.
Então,
o planejamento familiar é fundamental. Nesta Casa, temos vários Projetos nesta
linha, como os colegas, aqui, já sabem. Temos um Projeto que eu acredito de
extrema relevância, que é o Projeto que cria o Conselho Municipal de
Planejamento Familiar, para que questões como a dos implantes subdérmicos sejam
realmente definidas por um conselho, por um órgão social, um órgão que tenha a
sua ação dirigida para esta área. Então, quanto ao Conselho Municipal, achamos
de extrema importância que ele realmente seja instituído, onde participarão
usuários, participarão Secretarias, enfim, e a questão do Planejamento Familiar
poderá ser discutida, sua estratégia realmente poderá ser dimensionada para a
cidade de Porto Alegre.
Bem,
temos também ações na área da infância, que acredito sejam de extrema
relevância, por exemplo, o Programa Primeira Infância Melhor, que é um programa
estadual, que já tem conveniamento com Porto Alegre; em algumas áreas já
existe, mas nós queremos que, mais do que um conveniamento, que ele seja lei
municipal. Então temos um Projeto que oficializa como programa de Governo
Municipal, através de legislação, o Primeira Infância Melhor, para que,
independente de qual Governo, de qual Secretário da Saúde, esse Programa possa
ser incentivado realmente, porque as nossas crianças necessitam disso. Ou seja,
dos zero aos 6 anos - especialmente dos zero aos 3 - nós sabemos que realmente
se forma o sistema nervoso dessas crianças, e quando elas são estimuladas,
quando as mães dão o carinho que elas necessitam, isso através da visitação que
o programa propicia, a gente consegue fazer com que essas crianças sejam muito
melhor e desenvolvam muito melhor todas as suas capacidades. Então estamos
também estimulando esse programa e dizendo que estamos atentos, através das
audiências públicas que realizamos terças-feiras, nesta Casa, na questão do
Murialdo, estamos atentos para que realmente aconteça lá um processo de
co-gestão, e também na questão das contratações efetivas, e não apenas as
contratações temporárias, para os programas de saúde da família, seja na área
dos agentes comunitários de saúde, bem como dos profissionais técnicos, enfermeiros,
médicos de família e comunidade, e tantos outros. Saúde para todos. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Quero
registrar a presença do ex-Vereador desta Casa, Wilson Santos - muito obrigada
pela sua presença conosco, nesta tarde -, e também a presença do Padre Roberto
Paz, seja bem-vindo à Casa.
O
Ver. Dr. Goulart está com a palavra em Comunicações.
O
SR. DR. GOULART: Saúdo a
nossa Presidenta, queria Verª Maria Celeste; as Sras Vereadoras e os
Srs. Vereadores. Ainda não me foi possível tomar conhecimento absoluto do Pacto
da Saúde, sobre o que me manifestarei assim que tiver aprofundado a Resolução;
mas ouvi o Ministro Temporão falando sobre o assunto, hoje de manhã.
Meus
queridos Vereadores, nós temos uma jóia da Saúde dos povos, no setor
emergência, na Cidade de Porto Alegre. Que jóia e essa? É o HPS, Hospital de
Pronto Socorro. Jóia, por quê? Porque ele é central? Talvez não, mas porque ele
tem, nos seus quadros, a possibilidade de atender qualquer situação de
emergência; qualquer: uma moeda engolida, um prego no pé, uma politraumatização
causada por um acidente maior ou por uma queda de grande altura, um
envenenamento, uma queimadura, um tiro, uma facada, um infarto.
O
Hospital de Pronto Socorro é um dos poucos no mundo com a missão de atender
unicamente urgência. É um dos poucos no mundo! Nós temos outra jóia na Zona
Norte, que é o Hospital Cristo Redentor, mas ele é um hospital de
traumatologia, de clínica de cirurgia plástica e cirurgia geral, e também tem a
maravilhosa atenção à emergência. Reforço que o hospital, pura e genuinamente
de emergência, é o Hospital de Pronto Socorro. Acontece que os médicos estão-se
aposentando, terminando um ciclo; acontece que outros médicos estão velhos, não
estão aposentados, mas estão doentes, estão de licença; acontece que muitas
mulheres engravidam e ficam 4 meses longe do serviço; e acontece também que
esse grupo de pessoas ausentes, por esses motivos, não há quem lhes substitua,
e a jóia do atendimento da saúde da emergência, da saúde dos povos, começa a
precisar de nossa ajuda. Acho que o Hospital de Pronto Socorro tem que fazer um
contrato emergencial urgente. Vejam só: um hospital de urgência precisa, de
maneira urgente, fazer um contrato emergencial, e já fixar, na data do contrato
emergencial, a data de um concurso, logo em seguida. Não se pode esperar
somente pelo concurso, porque o concurso pode demorar muito tempo, e nós não
podemos esperar.
Por que esta conversa interessa aos senhores? Por
que esta conversa interessa a João Dib? A Luiz Braz? Por que interessa aos
donos das maiores empresas? Por que interessa aos milionários, aos que têm
plano de saúde, aos que não têm, aos miseráveis, ao morador de rua? Porque o
Pronto Socorro atende a todos nós, desde o mais rico homem da Cidade até o mais
pobrezinho. Por quê? Porque quando houver uma situação de emergência aqui na
região, ele está preparado para isso, não é o Hospital Moinhos de Vento, que é
muito bom noutra missão; não é o Hospital da PUC, que é muito bom noutra
missão, é o Hospital Pronto Socorro. E o Hospital Cristo Redentor também, mas o
Cristo Redentor é muito longe de nós, é lá na Zona Norte.
Qualquer pessoa, neste momento, está sob a proteção
do Hospital de Pronto Socorro, qualquer um de nós desta Cidade e de seus
arredores. Nós precisamos ajudar o Pronto Socorro Municipal de Porto Alegre.
Espero que esta fala chegue com carinho ao Secretário da Saúde e ao Prefeito;
que esta fala chegue com muito cuidado aos homens que ajudam a dirigir a
Secretaria Municipal de Saúde para que um contrato emergencial seja feito e se
regularize a situação dos assoberbados médicos que lá trabalham, dos
assoberbados enfermeiros e técnicos de saúde que lá trabalham. Nós precisamos
cuidar do Pronto Socorro como se cuidássemos deste templo, que é o nosso corpo.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra em Comunicações, por transposição de tempo com o
Ver. Dr. Raul.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, no dia 10 de dezembro iniciam-se as comemorações de uma data
fundamental para a humanidade, que é o Dia Mundial dos Direitos Humanos. As
Nações Unidas, neste ano, focou a sua luta na área dos direitos humanos no
enfrentamento à pobreza, considerando o crescimento das desigualdades entre as
pessoas na grande parte dos países do mundo. No Brasil, essa questão da miséria
tem ocupado um foco central, quer seja dos militantes das causas sociais ou por
uma cobertura significativa da imprensa. Há um avanço em algumas áreas, avanços
esses que nós devemos comemorar. Porém, os indicadores que medem a pobreza, no
caso de um país com o nível de desigualdade econômica como o nosso, têm que ser
exatamente aqueles que pensem além da renda das pessoas; que tenham uma
múltipla complexidade, que possam avaliar o crescimento e o acesso das pessoas
aos bens públicos: aos bens culturais, materiais e intangíveis. E, no caso de
um país como o Brasil, com as nossas diversidades regionais, é preciso que pensemos
na importância desses dados como uma forma de podermos definir, com mais
clareza, eficiência e eficácia, as nossas políticas públicas de inclusão. Eu
fiquei muito impressionada com dois indicadores que foram apresentados nas
últimas pesquisas que tratam da miséria no Brasil, e que também tratam das
questões efetivamente vinculadas à condição econômica das pessoas.
Eu, por uma questão profissional, participei
durante muitos anos na minha vida da luta da defesa da infância, e dentro desta
luta, a luta contra a mortalidade infantil. E as pesquisas mostraram que nós
melhoramos, muito, os índices referentes à sobrevivência dos bebês, das
crianças, assim também como as condições de saúde do pré-natal e pós-natal em
nosso País. O que realmente foi assustador foi perceber que a nossa luta de
mulheres militantes, de profissionais da área da Saúde para a redução da
mortalidade infantil no Brasil, foi uma luta vitoriosa e que é muito
importante, mas não foi uma luta suficiente para a sobrevivência das crianças e
dos adolescentes brasileiros. A mesma pesquisa que nos indica a possibilidade
de comemorarmos a redução da mortalidade infantil, também nos apresenta o
crescimento da mortalidade dos jovens e adolescentes brasileiros. Isso também
me faz lembrar de um outro debate, quando estávamos discutindo a aprovação no
Congresso brasileiro do Estatuto da Criança e do Adolescente. O que os dados
nos provam é que a maioria dos adolescentes brasileiros envolvidos em ações
policiais são vítimas ou da exploração dos adultos, ou dos enfrentamentos como
conseqüência da violência urbana e dos acidentes de trânsito. Todas essas
questões perpassam a luta pela garantia dos direitos humanos, pela garantia dos
humanos terem uma vida digna e saudável.
Então, queria neste momento, onde se começa no
Brasil uma série de atividades de discussão sobre os direitos humanos, trazer
esta reflexão para que nós, que aprovamos leis, possamos centrar as nossas leis
na construção de condições de maior segurança e para os jovens brasileiros.
Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Mario
Fraga está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. MARIO FRAGA: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras
Vereadoras,
Srs. Vereadores, público que nos assiste pela TVCâmara, público aqui presente
nas galerias, nosso amigo Dedê, lá do Passo das Pedras, da Zona Norte; seja
bem-vindo e continue com seu importante trabalho. Eu falo em tempo de Liderança
do meu Partido, o PDT, composto pelos Vereadores Mauro Zacher, Ervino Besson,
Neuza Canabarro e o nosso Líder, Nereu D’Ávila.
Ver. Alceu Brasinha, sempre falo que eu sou da
Bancada que faz parte da Cidade que existe; tanto existe, que vou falar de
algumas realizações desta Cidade. Começarei comentando as da Zona Sul, que é a
Região onde moro. Uma coisa difícil de acontecer, Ver. Brasinha, é nós
elogiarmos a EPTC. Em todos os Governos ela não é elogiada, normalmente, mas eu
sou obrigado a elogiá-la, porque a sinalização da Zona Sul, toda, citando as
Avenidas Wenceslau Escobar, Cel. Marcos, Juca Batista e a Eduardo Prado estão
plenamente de acordo com a sinalização de trânsito. Cito também a atividade
privada que lá se instala, com a inauguração de um novo supermercado na Monte
Cristo, fazendo uma revolução na Zona Sul, o que talvez não seja bom para os
pequenos comerciantes. Mas com o progresso da nossa Cidade, também há a
necessidade de grandes empreendimentos nas regiões mais distantes do Centro de
Porto Alegre.
O DMLU, com a contratação da nova empresa, a
Qualix, não está mais recebendo reclamações, como ocorria há dois anos com
quase cem ligações de reclamação por dia. Hoje, quando há, são apenas 20, 25
reclamações, porque a empresa
está se adaptando, e eu tenho esperança, agora, após um mês de trabalho da nova
empresa na cidade de Porto Alegre - com novos motoristas, novos garis - de que
terminarão essas reclamações. A empresa CARRIS - dificilmente elogiada -, sob a
direção do Presidente Lorenz, está fazendo um brilhante trabalho há três anos.
Lá estive, na semana passada, e estão fazendo uma sede social para os seus
funcionários, que permanecem na empresa por dez a doze horas por dia. A sede
social possibilitará um maior convívio entre os funcionários, em seus
intervalos, o que, com certeza, aumentará o rendimento no trabalho, sendo muito
bom para todos nós de Porto Alegre. Além da sede, a CARRIS está trabalhando em
conjunto com a Secretaria de Turismo, com o seu ônibus de turismo, que está
fazendo sucesso em Porto Alegre; todos que chegam a Porto Alegre querem passear.
Também no Turismo, começaram com o passeio pelos caminhos rurais, na
sexta-feira à noite, no qual a CARRIS está bem envolvida.
Quanto
à SMOV, olhem só o que o Secretário Maurício e o nosso Governo Fogaça fizeram
para a repavimentação asfáltica desta Cidade, até aqui na frente desta Casa
fizeram! Meus parabéns, Secretário Maurício, que também não é da minha Bancada.
O Secretário de Esportes, João Bosco Vaz – este, sim, do meu Partido -, no fim
de semana passado encerrou o campeonato municipal. O que significa o campeonato
municipal para nós que moramos nos arredores de Porto Alegre? Foram mais de 300
equipes, com quase seis mil atletas envolvidos, sem contar as torcidas. E no
último fim de semana, a Portuguesa, um time tradicional de Porto Alegre, foi
campeão dos veteranos, aliás, bicampeã, coisa que não havia acontecido num
campeonato municipal. E no livre, a Academia do Morro, do nosso amigo Lu, que
já foi homenageado nesta Casa com o título de Líder Comunitário, o nosso amigo
Lu foi campeão na categoria livre, com a Academia do Morro.
Para
concluir, quero dizer que a nossa Cidade continua andando. Se o Fogaça vai
fazer tudo o que é preciso neste mandato, com certeza, não; mas, se dessem 16
anos para qualquer Prefeito, com certeza ele faria tudo o que é preciso. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
Passamos à
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 8873/07 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 302/07, de autoria do
Ver. Luiz Braz e outros, que altera a Lei nº 3.397, de 2 de julho de 1970, e
alterações posteriores – que disciplina o Comércio de Jornais e Revistas nas
vias públicas e outros logradouros públicos, e dá outras providências -,
ampliando o rol de produtos com comercialização permitida nas bancas, nos
estandes e nas grades metálicas, permitindo a veiculação de publicidade nas
bancas e nos estandes e dando outras providências, e revoga o subitem 3.2.4 do
Anexo I da Lei nº 8.279, de 20 de janeiro de 1999, a Lei nº 4.729, de 12 de
maio de 1980, e a Lei nº 8.282, de 19 de março de 1999.
3ª SESSÃO
PROC.
Nº 9057/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 012/07, que altera o
parágrafo único do art. 7º e os arts. 10 e 11 da Lei Complementar nº 447, de 10
de maio de 2000, que dispõe sobre o Sistema Municipal de Turismo, a estrutura e
funcionamento do Conselho Municipal de Turismo e cria o Fundo Municipal de
Turismo – FUNTURISMO -, e dá outras providências.
PROC.
Nº 9058/07 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 032/07, que autoriza o
Município a desafetar de uso comum do povo, próprio municipal localizado na Rua
Marquês do Pombal nº 1039 e doar para o Departamento Municipal de Habitação –
DEMHAB, para fins de regularização fundiária através de concessão de direito
real de uso.
PROC.
Nº 9139/07 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 013/07, que altera o
“caput” e inclui §§ 1º e 2º no art. 5º-A da Lei Complementar nº 505, de 28 de
maio de 2004, incluído pela Lei Complementar nº 510, de 16 de dezembro de 2004,
que fixa alíquotas de contribuição previdenciária para fins de custeio do
Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Porto
Alegre, e dá outras providências.
4ª SESSÃO
PROC.
Nº 9163/07 - PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 005/07, de autoria dos
Vereadores Maria Celeste, Maristela Meneghetti, Neuza Canabarro, Alceu
Brasinha, João Carlos Nedel, Aldacir Oliboni e outros, que altera dispositivos
da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre.(adequação da LOM ao Regimento da
CMPA.)
PROC.
Nº 9171/07 - PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 086/07, de autoria da Mesa Diretora, que
altera a Resolução nº 1.178, de 16 de julho de 1992 – Regimento da Câmara
Municipal de Porto Alegre -, e alterações posteriores.
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. João Antonio Dib está com a
palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, nós estamos vivendo um momento inusitado: uma convocação de Sessão
Extraordinária para realizar uma Sessão Ordinária. Eu diria que é uma Sessão
mais Ordinária do que Extraordinária. Eu quero também dizer para a Casa, para
os que reclamaram, que, na primeira chamada, às 14 horas, a minha Bancada - que
tem três Vereadores - tinha dois Vereadores presentes, e o terceiro estava em
representação; na segunda chamada, às 14h15min, a minha Bancada tinha dois
Vereadores presentes, e o terceiro estava em representação. Na Extraordinária,
nós, os três Vereadores, estamos presentes. Eu quero dizer, também, que eu
estou sempre presente em todas as Sessões. E eu não entendo que se faça uma
Sessão Extraordinária para votar o Orçamento, que deveria ter sido votado
ontem, e se discuta o sexo dos anjos, não entendo.
Mas,
Srª Presidenta, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, difícil, mesmo, é
construir o simples, e, antes que alguém me chame a atenção de que eu esteja
fora do que prescreve o Regimento, eu vou falar na Pauta.
O
PLE nº 032/07 autoriza o Município a desafetar de uso comum do povo próprio
municipal localizado na Rua Marquês do Pombal, nº 1.039. Como eu disse, é mais
difícil construir o simples do que acreditar no simples. É tão difícil
construir o simples que ninguém mudou o “Parabéns a Você”. E esse Projeto de
Lei do Executivo, aparentemente tão simples, um terreno de 170 metros quadrados
que passa a ter Direito Real de Uso para um casal de idosos que lá vive
enfrentou a incompetência de muita gente: Prefeito Olívio Dutra, Prefeito Tarso
Fernando Genro, Prefeito Raul Pont, Prefeito João Acyr Verle e caiu nas mãos do
Prefeito Fogaça. Agora, veio para cá para dar uma solução que, eu, Prefeito,
não faria. Se estivesse caído em minhas mãos em 1992, que foi quando esse
Processo começou, eu teria chamado o casal de idosos que está lá no terreno e
teria dito a eles: enquanto os senhores viverem, poderão ficar no terreno.
Quando não mais estiverem no nosso meio, o terreno volta para a posse da
Prefeitura.
Mas
em 1992, na Administração Olívio Dutra, foi solicitada a desocupação do
terreno, e foram levando, levando. Chegou agora o momento da desafetação para
dar Direito Real de Uso, que se dá por 30 anos, e o casal não vai viver 30
anos, pois já estão na casa dos 80. Então eu acho que a simplicidade diria, já
que era, inclusive, servidor municipal: “Você vai ficar enquanto estiver vivo.
Depois nós retomamos o terreno”. E não se diga que está amparado em Lei isso
aqui! Não está!
A
Lei Orgânica diz que pode ser dado Direito Real de Uso naqueles terrenos que no
dia 31 de janeiro de 1989 não foram urbanizados. E a Marquês do Pombal e o Bairro
são urbanizados há muito mais tempo do que isso; eu cheguei em Porto Alegre em
1945 e conheci a Marquês do Pombal urbanizada. Portanto, não se enquadra na
Lei. Mas, de qualquer forma, a incompetência do passado criou problemas no
presente. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exma
Srª Presidenta, Verª Maria Celeste; nobres Vereadoras, Vereadores, público que
nos assiste, nosso bairro do Menino Deus acordou hoje com um monte de
reclamações dos taxistas, o que acredito ser pertinente à Cidade toda. A EPTC
resolveu aplicar um Decreto-Lei, aprovado em março de 2004, de uma hora para
outra, sem diálogo, sem nada, diminuindo o número de taxistas, por pontos na
Cidade, que podem estacionar. Acho que o Governo deveria ter mais sensibilidade
nesta parte. Está criando constrangimento aos taxistas: onde cabiam dez
estacionados, reduziram para seis, sete. Os táxis estão fora dos pontos de
estacionamento, porque não cabem. Dizem que falaram para eles que era para eles
transitarem mais na Cidade. Transitar mais na Cidade é movimentar mais o
trânsito da Cidade, é o taxista gastando mais, é a Cidade sendo mais poluída.
Mas,
o que quero trazer aqui é que hoje pela manhã, assistindo à televisão, vi uma
das cenas que a gente já sabia que estava acontecendo, mas nunca tinha visto,
Verª Maristela Maffei, uma realidade tão triste do nosso País! O Brasil é o
quarto país poluidor ambiental do mundo. O centro da Amazônia foi filmado – o
coração da Amazônia -, tudo queimado, incendiado, um esqueleto, se
desertificando!
Nessa
poluição, os Estados Unidos são o primeiro país, depois vem a China, a Índia e
o Brasil. Somos o quarto país poluidor ambiental do mundo com poluição de CO2.
Setenta e cinco por cento da poluição nacional do Brasil é a queimada da
Amazônia: um Estado de Alagoas por ano! Imagino o que nossos filhos haverão de
contar para os filhos deles para explicar o deserto da Amazônia... Novamente
bato na mesma tecla: a nossa Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, está
perdendo a guerra ambiental no Brasil. Está provado que o nosso Governo, que o
nosso País, na contramão da história moderna, está destruindo o que talvez o
planeta Terra tenha de mais valioso para a subsistência humana. Vendo caminhões
- sem placas - transitando com toras de dois, três, quatro, cinco metros de
diâmetro, num contrabando visível, retirando madeira de lei de áreas nobres,
sem dono... O dono é o povo brasileiro; talvez, como estão ensinando nas
bancas, é da humanidade brasileira a Amazônia. Presidente Lula, se o senhor
coibir, ou cobrar impostos daquelas madeiras que estão sendo levadas
clandestinamente numa flagrante pirataria, com certeza V. Exª, que gosta só de
arrecadar, arrecadar, arrecadaria mais do que pelo imposto da CPMF, que é um
flagelo a todos os brasileiros.
Somos
o 4° lugar de 57 países pesquisados, mas de trás para a frente: 53° em
Matemática no Ensino Médio. E somos – tudo na contramão - o 4° país poluidor. E
o que é pior: o nosso Governo não quer se juntar ao Tratado de Kyoto, não quer
fazer parte da cota internacional! Quando a Amazônia estiver destruída, não
precisaremos mais entrar, porque aí diminui 75% da contaminação ambiental de
CO2, malefício do século que nós estamos desperdiçando por falta de consciência
política e planejamento político. A Amazônia está sendo destruída dia a dia, e
o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, o Exmo. Sr. Presidente, há cinco anos
presidindo o nosso País... Há cinco anos! Não vão querer dizer depois que
desmataram a Amazônia há 40, 50 anos! Continuam desmatando um Estado de
Alagoas/ano na Amazônia, jogando tudo na atmosfera, causando câncer de pele e
outros malefícios mais! Essa é a triste realidade administrativa por falta de
planejamento e consciência do Governo da União! Muito obrigado, Srª Presidente,
nobres Vereadores.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; prezados colegas Vereadores e Vereadoras,
senhores e senhoras, quero comentar, aqui, hoje, dois Projetos do Executivo
Municipal. O primeiro é o Projeto que altera o parágrafo único do art. 7º da Lei
Complementar nº 447, de 10 de maio de 2000, que dispõe sobre o Sistema
Municipal de Turismo, a estrutura e o funcionamento do Conselho Municipal de
Turismo e cria o Fundo Municipal de Turismo – Funturismo – e dá outras
providências. Este Projeto, Ver. Ismael, tem que existir, porque o Governo
Federal tem política, neste momento, para todos os setores, inclusive para o
Turismo. E o Executivo manda para esta Casa para criar o Funturismo. E Ver.
Ismael, V. Exª tem que vir aqui para a tribuna para também dizer que quem
desmatou a Amazônia, o maior patrimônio ambiental e um patrimônio do turismo
brasileiro, quem começou com a Transamazônica, enterrando bilhões, foi a
ditadura militar, que V. Exª sempre defendeu, e tem que vir aqui dizer que o
Curió, lá do Pará, enterrou e matou milhares de pessoas, garimpeiros lá em
Serra Pelada, com a maior destruição ambiental e humana que houve no planeta
Terra, chamada Serra Pelada. Sabe quem conduziu aquilo lá? O Major Curió.
O Sr. José Ismael Heinen: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Agradeço o aparte e o parabenizo
por afirmar que a política atual do Governo é incendiar a Amazônia. Tenho até
pena!
O SR. CARLOS COMASSETTO: Eu não disse
isso. E, só para informar, o Brasil foi um dos primeiros países que assinaram o
Protocolo de Kyoto. O único País desenvolvido que ainda não o assinou são os
Estados Unidos. Mais recentemente, o último era a Austrália, que, segunda-feira
passada, pela manhã, assinou o Protocolo de Kyoto. Isso tudo tem a ver com o
quê? Com um Projeto que temos aqui na Casa e que cria o Funturismo. Portanto,
há política nacional, sim.
Ver. Antonio Dib, vou usar suas palavras, que chama
os ex-Prefeitos Olívio Dutra, Tarso Genro, Raul Pont e João Verle de
incompetentes. Eu gostaria de lhe dizer, quando propõe a esta Casa, por meio do
Projeto, desafetar a área da Rua Marquês do Pombal para fazer a regularização,
que incompetente é o Governo que V. Exª defende, da Administração Fogaça, que
inclusive encaminha para esta Casa, usando um instrumento jurídico
ultrapassado, que não é o instrumento jurídico que está escrito no Estatuto da
Cidade, que todas as desafetações de áreas públicas têm que ser feitas por meio
da concessão especial de uso para fins de moradia! Isso é incompetência, uma
não-adequação jurídica de um
instrumento criado, sim, a partir de 2001. E gostaria de lhe dizer que o senhor
é contra esses projetos de desafetação. E quero fazer aqui um debate conceitual
com o senhor, um debate filosófico, sim, porque o senhor foi contra a Vila
Planetário, o senhor foi contra a Vila Lupicínio Rodrigues - ali atrás do
Tesourinha -, o senhor é contra o reassentamento da população. E o senhor
lembra do tempo da ditadura militar, quando tiraram toda a comunidade aqui da
Aldeota, que estava aqui na Região dos Açorianos e construíram a Restinga bem
longe da Cidade? Para quê? Para levar para lá a comunidade dos negros e dos
excluídos; o senhor lembra disso! Foi feito no tempo de quem? Dos interventores
Prefeitos - o senhor foi um deles -, que não ouviam o povo. O povo não
precisava discutir!
O
Sr. João Antonio Dib: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Comassetto, eu fui
contra a ilegalidade da Vila Planetário. E volto a dizer: eu jurei cumprir a
Lei Orgânica. O Prefeito Olívio Dutra, que fez a simulação do meu enterro e foi
lá tomar cachaça, sabia que também jurou a Lei Orgânica, art. 1° das
Disposições Transitórias: área não-urbanizada, no dia 31 de janeiro de 1989.
Não preciso mais dizer nada; a Av. Ipiranga era urbanizada.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Ver.
João Antonio Dib, na elegância que tem esta Câmara, eu vou sempre ao seu
gabinete tomar uma cachacinha com o senhor, porque o senhor tem excelente
cachaça ali. E acho que é muito louvável ter esse gesto de cordialidade.
(Manifestação
fora do microfone do Ver. João Antonio Dib.)
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Agradeço-lhe
muito e continuarei fazendo esse gesto de simpatia que tenho pelos temas, em
debater francamente com o senhor. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu
não posso receber aulas aqui de nenhum dos Vereadores; desculpem-me da falta de
modéstia.
Eu
diria que o Projeto do Executivo está equivocado e diria por que, mas eu não
tenho que dar aula para ninguém também. E não vou dar. Mas, quanto à Vila
Planetário, quanto à Vila Lupicínio Rodrigues, a Cidade foi lesada, sem dúvida
nenhuma! Eu parei a Vila Planetário duas vezes. E é verdade que o Prefeito
Olívio foi lá no meu enterro simbólico, o caixão saiu da frente da Prefeitura,
e fui velado, simbolicamente, lá na Vila Planetário. É verdade. Parei a obra
duas vezes; parei, porque havia argumentos na Lei Orgânica absolutamente
claros: a área tinha que ser não-urbanizada antes de 31 de janeiro de 1989.
Ora, era a Av. Ipiranga, já estava urbanizada. Mais: a área não poderia ter
sido construída antes dessa data; a área tinha sido construída antes dessa
data; havia prédios, a Prefeitura desapropriou três prédios para fazer uma
escola; e o Dr. Olívio deu para fazer Direito Real de Uso, e a maioria deles
não pagou nem aquela mínima prestação. A Vila Lupicínio Rodrigues, eu fui
contra, porque foi outra desonestidade, porque agir contra a Lei é desonesto;
jurar que cumpre a Lei Orgânica e, depois, não cumprir é desonestidade, eu não
posso interpretar diferente. Eu fui, com o Prefeito Villela, em 1975, ao Rio de
Janeiro, para buscar recursos para urbanizar a Ilhota. Portanto, em 1975, na
administração Villela, que saiu da Prefeitura em 1983 - e eu assumi nesse ano
-, a Ilhota estava urbanizada. Não podia o Sr. Olívio Dutra ou qualquer um que
o tenha sucedido entender que a Ilhota não estava urbanizada, que a Vila
Lupicínio Rodrigues poderia ser ali construída. Mas como a Administração
petista tinha o interesse em desvalorizar o entorno de todas as áreas, o que
fez? Fez a Vila Lupicínio Rodrigues, fez um albergue em um terreno de 1 milhão
de reais, na esquina da Av. Getúlio Vargas com a Av. Érico Veríssimo, e os
moradores devem ter ficado muito satisfeitos. Também fez, e fui contrário, a
Vila Renascença - o Ver. Comassetto esqueceu de dizer -, na Av. Ipiranga, na
calçada! Na calçada! Foi dado Direito Real de Uso pelos doutos! Em época de
eleição, é claro, é muito diferente. Sempre havia época de eleição no meio.
Então,
este Vereador veio aqui, há muitos anos, nove vezes, foi àquela tribuna e jurou
cumprir a Lei Orgânica; várias vezes, eu jurei cumprir a Lei Orgânica como
secretário, como prefeito, e eu faço isso: eu cumpro a Lei Orgânica! E,
portanto, não vou aprender nada não, porque não há para me ensinar; agora, se
quisesse fazer uma análise ou criticar a feitura do Projeto de Lei do Executivo,
teria razões sobradas, mas eu não estou aqui para dar aula, hoje eu não estou
de professor; professor é o Ver. Professor Garcia. Eu não sou professor, eu sou
apenas um aluno, porque eu aprendo todos os dias, aprendo como aprendi hoje,
que se faz uma Sessão Extraordinária para realizar uma Sessão Ordinária, e o
Orçamento, que deveria ter sido votado ontem - e não foi por culpa minha que
não foi votado -, não está ainda sendo discutido. Nós estamos discutindo o sexo
dos anjos, nós falamos dos problemas de todo o mundo, do Protocolo de Kyoto e
de tantas coisas mais. Mas claro que são problemas sérios, interessantes, mas o
interessante mesmo é o Orçamento de 2008, que vai sendo procrastinado.
E
eu olho, assim, de repente, é capaz de não ter quórum, de novo, para a votação.
Portanto,
Ver. Comassetto, obrigado por ter me lembrado da Vila Lupicínio Rodrigues, da
Vila Planetário, e eu lembro V. Exª da Vila Renascença e outras tantas
barbaridades feitas pelas administrações petistas, no intuito de desvalorizar
as áreas do entorno.
Conseguiram,
sim, desvalorizar as áreas do entorno, e não fizeram crescer a população que
ali estava.
Com
o dinheiro da Vila Planetário, só o terreno, colocariam não 98 famílias, mas
centenas de famílias, muito bem situadas em outras áreas do Município, com
todos os serviços, mas não precisava ser naquela área urbanizada e cara, como o
foi, também, com o albergue num terreno de um milhão de reais. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA:
Srª Presidenta, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, pessoal aqui
presente e do Canal 16, quando o meu amigo Olívio promoveu o velório do Dib, o
Antonio foi no seu próprio velório, Dib? Não foi, né? Deve ser desagradável.
Deve ser. Nós, aqui, no Rio Grande do Sul - eu já falei a esse respeito -, não
éramos atingidos por problemas malfeitos nas administrações públicas. Agora, a
história do Macalão, os selos da Assembléia, isso vai dar muito “pano para
manga”; a CPI do Detran vai “pegar muito peixe grande”; tem mais o
esclarecimento que estamos esperando, por parte da Secretaria da Juventude, de
possíveis irregularidades. E a gente espera que isso não prospere no nosso Rio
Grande do Sul, porque basta Brasília.
Renan
sorri debochadamente na nossa cara, e nós nos tornamos uns “bananas”. Faz-se
absolutamente o que quer!
Antes,
Sebenelo, as coisas, em Brasília, eram feitas às escondidas; agora, não: “Qual
é? Todo mundo pode ficar sabendo, não tem nenhum problema. Por que é que a
gente vai se preocupar com isso? Nós temos know how de sem-vergonhice,
nós temos know how de corrupção, nós temos know how de desvio de
dinheiro público. Nós temos! Por que não vamos fazer uso? A gente não usa o talento
da Seleção Brasileira para ser Pentacampeã? Vamos usar o talento de corrupção,
para continuar metendo a mão”.
Esse
Renan... eu acho que o lugar dele deveria ser um outro lugar, sabe? Mas
continua no Congresso, porque o Sarney... O Sarney está de volta, gente! O
Sarney vai ser Presidente do Senado, é do meu Partido, vejam bem, do PMDB! Os
dois, os dois! É a parte podre do PMDB, parte podre, asquerosa, fede. É! O
Renan e o Sarney, e o Sarney está aí, já, “pintando nas bocas” para ser o
Presidente do Senado da República Federativa do Brasil. E o Lula, que, antes,
era contra a CPMF, vende até a alma para aprovar a CPMF e ameaça: “Se não
aprovarem a CPMF, eu acho que não vou conversar com vocês sobre o Imposto de
Renda, aquele famigerado Imposto de Renda na Fonte”. Isso, para mim, tem outro
nome. Ninguém pede para mim: “Eu posso descontar tanto do teu salário?” Não,
descontam Imposto de Renda na Fonte. Quer dizer, se não aprovar a CPMF - que
não é para a Saúde, se fosse só para a Saúde, tudo bem -, pode vir um aumento
considerável no Imposto de Renda na Fonte. Logo, a gente vai precisar não de
quatro meses e quinze dias, mas de cinco ou seis meses para pagar imposto neste
País.
A
D. Yeda, nossa querida Governadora, vai a Brasília e fica duas horas com o Lula,
falando: “Puxa, a gente tem umas coisas para receber do senhor, do Governo
Federal, porque não é justo que se venda o que não é seu e fique com o
dinheiro”. Ficou duas horas com o Lula e saiu de lá com o Lula não garantindo
absolutamente nada. Eu diria: saiu de mãos abanando; uma na frente e outra
atrás. Mas, logo a seguir, num encontro entre o Lula e os Senadores do Rio
Grande do Sul - o Simon, o Paim e o Zambiasi -, com esses três, parece que o
Lula ficou mais favorável a pagar o que deve para nós. Só paga o que está nos
devendo, nada mais do que isso nós queremos. Três bilhões já dão para a gente
fazer um mexe, tapar uma coisinha aqui, outra ali, é o que nós devem. Nada mais
do que isso é o que está pedindo a Yeda, os Senadores e todos nós, porque, senão,
daqui a pouco, aquele louco que tem aí na Serra, que vive pregando a separação
do Rio Grande do Sul, vai ganhar mais adeptos; a gente se separa, e o que a
gente arrecada aqui, fica para nós. E vamos cuidar da nossa vida e talvez
forjar o nosso destino que parece que deveria ter sido outro no passado, porque
antes sozinho do que mal acompanhado. O Rio Grande do Sul está mal acompanhado
desde a época de Getúlio Vargas. Getúlio também não deu nada para nós. Não deu
nada. Numa boa. O Goulart, enquanto foi Presidente, também não deu nada para
nós. Não seria o Lula que iria dar. Então os Governos Federais parecem que
olham o Rio Grande do Sul como uma coisa diferente, um negócio fora do Brasil.
E se é assim, por que a gente não pode ficar sozinho então? Paguem o que nos
devem. Só isso, nada mais. Lula, qual é, malandro? Desculpem-me chamar o
Presidente de malandro, mas é a minha linguagem.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª
Presidenta, Maria Celeste; Vereadores, Vereadoras, antes de entrar propriamente
na Pauta, gostaria de elogiar a presença de alguns amigos aqui no plenário,
junto às galerias, que vieram para acompanhar o trabalho dos Vereadores, que
vieram para sugerir projetos, que vieram para informar necessidade de
fiscalização do Executivo. São meus amigos Norberto Carabajal, João Reis de
Castro, e Jackson Santa Helena. Eu espero, meus amigos, que os Vereadores não
os decepcionem, porque às vezes nossas Sessões não são assim muito
democráticas, mas sejam muito bem-vindos, e esta é a nossa realidade. Muito
obrigado.
Gostaria
de me reportar ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 012/07, que
altera a Lei Complementar nº 447, que dispõe sobre o Sistema Municipal de
Turismo, a estrutura e funcionamento do Conselho Municipal de Turismo e cria o
Fundo Municipal de – Funturismo. Senhoras e senhores, esta lei é exatamente do ano 2000,
nunca foi implementada, porque a Administração anterior tinha a mania de que
todos os componentes de um conselho municipal fossem dirigidos – em maioria -
por elementos do próprio Executivo e não por elementos da sociedade
democrática.
Em 2000, coloquei Emendas a essa lei, conseguimos
aprovar que o Conselho Municipal de Turismo fosse composto por 15 membros:
quatro indicados pelo Poder Executivo, quatro indicados por membros de
entidades comunitárias, científicas e de organizações populares de caráter
comunitário e sete entidades ligadas diretamente ao turismo. O trade
turístico teria maioria, não maioria absoluta, mas maioria perante o Executivo,
ou seja, o Conselho seria realmente para aconselhar o Executivo, não para o
Executivo mandar nele. Por isso, meu amigo Jackson Santa Helena, desde 2000 não
foi implementada essa lei que foi aprovada por esta Casa. Finalmente, agora, o
Prefeito Fogaça encaminha alteração nessa lei, não alterando a sua composição,
dizendo que o Município dará estrutura, suporte administrativo e financeiro ao
Conselho Municipal, para que este funcione, que crie o Fundo Municipal de
Turismo, que nós não temos. Santa Catarina – meu amigo João Reis de
Castro - tem um fundo de mais de 2 milhões de reais para aplicar todos os anos
no turismo, em Florianópolis, e nós, zero. É uma vergonha, meu amigo e
financeiro Norberto Carabajal. Nós não funcionamos no turismo, porque não temos
recursos. E o Fundo pode receber contribuições, doações de órgãos
internacionais, de várias entidades, de organizações não-governamentais, para
fomentar o turismo. Finalmente, após aprovada essa alteração, que está já na 3ª
Sessão de Pauta, poderemos pensar em turismo. E esta Casa também está pensando
fortemente em turismo, porque agora, no próximo dia 13, iremos instalar a
Frente Parlamentar do Turismo, uma proposta deste Vereador, para que todos os
Vereadores atuem fortemente na área da promoção e do desenvolvimento desse
importante setor, gerador de emprego, renda e de impostos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente.
O Ver. Ervino Besson está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. ERVINO BESSON: Cara
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e no Canal 16 da TVCâmara,
eu queria saudar a todos.
É muito importante este Projeto do Executivo Municipal para a criação do
Conselho Municipal de Turismo, criando o Fundo Municipal de Turismo. Sem dúvida
nenhuma, a Capital do Estado do Rio Grande do Sul está perdendo muito. Há
muitos anos, nós estamos perdendo uma grande economia por falta de incentivo do
turismo. É um Projeto importante, e nós devemos votar com urgência. É um ganho
para a cidade de Porto Alegre. O meu pronunciamento vai ficar por aqui, porque,
hoje, nós temos um assunto muito mais importante para discutir aqui na Casa,
que é a votação do Orçamento. Obrigado, Presidenta.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver.
Professor Garcia está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para
discutir a Pauta.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Excelentíssima
Presidenta; nobres colegas Vereadores e Vereadoras, em discussão de Pauta -
quero aproveitar que não tive a oportunidade de discorrer - o PLCE n° 012/07,
que estrutura o funcionamento do Conselho Municipal de Turismo e cria o Fundo
Municipal de Turismo. Eis aqui um desafio muito importante para a nossa Cidade,
este Projeto, há muito tempo defendido nesta Câmara por diversos Edis, aos
quais eu me incluo, da importância da necessidade de um tratamento diferenciado
ao turismo para a Cidade de Porto Alegre. Até então nesses últimos vinte,
trinta anos, a Cidade estava deixando de se instrumentalizar, de concorrer com
a modernidade que o turismo desperta em todas as outras administrações; em
Porto Alegre, estava legado a uma empresa de turismo pública. Penso que, com a
criação desta Secretaria de Turismo, teremos um plano de turismo que realmente
venha despertar a potencialidade turística que a nossa Cidade possui. Nós,
talvez, possuímos o maior caudal turístico de todas as capitais do Brasil. Em
Salvador, na Bahia, tida como a Meca do turismo perante os turistas
internacionais, eu tive a oportunidade, há dois, três anos, de confabular com o
Secretario de Turismo Municipal, o ex-Deputado Federal Benito Gama. Eu falava
para ele do projeto da Cidade gaúcha, porque Porto Alegre, quer queiram, quer
não queiram, representa essa cultura tradicionalista, que é uma das maiores
culturas sedimentadas do nosso mundo. Ele disse: “A cidade de vocês tem o que
nós, na Bahia, em Salvador, não temos: uma cultura que pode desenvolver um
turismo durante 24 horas, nos 365 dias do ano, enquanto, na Bahia, são três ou
quatro meses, um carnaval forte” – diz ele – “depois nós temos que inventar,
temos que criar mecanismos para que a estrutura turística se mantenha, para
novamente entrar no próximo ciclo anual de três meses”.
Venho,
novamente, dizer que temos que planejar, temos que ter vontade política para
fazer com que essa Cidade tenha mais renda, fazer com que esta Cidade
contribua com mais empregos, com empregos qualificados. Que uma cultura de
turismo possa trazer, junto com ela, uma Cidade mais limpa, mais higiênica, com
mais Saúde, com mais Educação! Essa é a cultura turística que Porto Alegre está
deixando de desenvolver, essa paisagem maravilhosa de Porto Alegre tão
decantada!
Temos
que fazer com que a Secretaria tenha um planejamento, tenha um fundo de
investimento de Turismo condizente com aquilo que nós podemos realmente
realizar. Tenho certeza de que investimentos da iniciativa privada não
faltarão. No nosso Estado, o que ainda movimenta o progresso são os
empreendedoristas, a iniciativa privada, porque o Poder Público não tem como
aplicar nada! Ele tem que pagar 2 bilhões em juros da dívida do Estado para a
União, para o Lula, que não fez nada para ganhar isso por ano!
Em
1964... não me canso de dizer, esse tempo da ditadura militar já está guardado
no passado! Nós temos que cuidar, daqui para frente, do nosso País, da
democracia de agora, mas em 1964 a dívida do Estado foi zerada! Por que o Lula
não zera isso também? Como ele mesmo diz, ele se considera o maior Presidente
do Brasil! Julga-se uma santidade! Eu acho que este aqui é um ponto positivo
que, bem tratado no futuro, com administrações ousadas, sérias, obstinadas,
haverá de trazer frutos maravilhosos para a gente de Porto Alegre. Obrigado,
Srª Presidenta.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Havendo
quórum, passamos à
Em votação Requerimento de autoria das Lideranças da Casa, para a apreciação das matérias constantes na Ordem do Dia, distribuída no dia de ontem, apenas acresce, antes de retomarmos a discussão geral e votação do Orçamento, um Requerimento de autoria do Ver. Elias Vidal, que solicita que seja convidado o Sr. José Francisco Mallmann, Secretário de Segurança do Estado do Rio Grande do Sul, para falar sobre a violência ligada ao consumo de álcool - “Lei Seca”. Parece que há um acordo de Lideranças para a inclusão disso antes... (Pausa.) Consulto o Plenário porque estou em dúvida, mesmo. (Pausa.) Bem, já obtivemos os esclarecimentos.
No primeiro momento será apreciado Requerimento de
autoria do Ver. Claudio Sebenelo - não do Ver. Elias Vidal - solicitando seja
convidado o Sr. José Francisco Mallmann, Secretário de Segurança do Estado do
Rio Grande do Sul, para falar sobre a violência ligada ao consumo de álcool.
Logo a seguir, discussão geral e votação do PLE n.º 021/07. Depois será seguida
a seqüência de ontem, já distribuída a todos os Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras.
Em votação Requerimento que prioriza a ordem de
votação das matérias constantes na Ordem do Dia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. Nº 081/07 – (Proc. Nº 4103/07 – Ver. Elias Vidal) – requer seja convidado o Senhor José Francisco Mallmann – Secretário de Segurança do Estado do Rio Grande do Sul, para falar acerca da violência ligada ao consumo de álcool - “Lei Seca”. (incluído em 28.06.07)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação nominal, solicitada por esta
Presidência, o Requerimento nº 081/07, pois está um pouco difícil de vermos,
simbolicamente, o resultado da votação. (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 24 votos SIM, 4 votos NÃO e 1 ABSTENÇÃO.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC. Nº 8022/07 - PROJETO DE LEI DO
EXECUTIVO Nº 021/07, que estima a receita e fixa a despesa do
Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2008. Com Emendas nos 01 a 08, 12, 16
a 24, 26 a 30, 32 a 35, 37, 38, 40 a 44, 47 a 49, 51 a 80 e Subemendas nº 01 às
Emendas nos 17, 18, 19, 23, 24, 26, 28, 30, 32, 33, 34, 47, 54.
Subemenda nº 02 à Emenda no 23.
Pareceres:
- da CEFOR. Relator Ver. Professor
Garcia:
a) pela aprovação do Projeto de Lei do Executivo nº 021/07.
b)
pela aprovação das Emendas nos: 02; 05; 12; 16; 19 com Subemenda nº
01 de Relator; 20; 21; 23 com Subemenda nº 02 de Relator; 26 com Subemenda nº
01; 29; 30 com Subemenda nº 01; 34 com Subemenda nº 01; 35; 42; 43; 44; 47 com
Subemenda nº 01 de Relator; 48; 54 com Subemenda nº 01 de Relator; 61; 68; 69;
70; 72; 73 e 80 de Relator.
c)
pela rejeição das Emendas nos: 01; 03; 04; 06; 07; 08; 17 com
Subemenda nº 01; 18 com Subemenda nº 01; 22; Subemenda nº 01 à Emenda nº 23; 24
com Subemenda nº 01; 27; 28 com Subemenda nº 01; 32 com Subemenda nº 01; 33 com
Subemenda nº 01; 37; 38; 40; 41; 49; 51; 52; 53; 55; 56; 57; 58; 59; 60; 62;
63; 64; 65; 66; 67; 71; 74; 75; 76; 77; 78 e 79.
Observações:
- para aprovação, maioria simples de
votos, presente a maioria absoluta dos Vereadores - Art. 53, “caput”, c/c Art.
82, “caput”, da LOM.
- o Projeto será votado com as Emendas
com Parecer pela aprovação, nos termos do Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- para a votação em separado de Emenda
com Parecer pela aprovação ou rejeição, será necessário requerimento subscrito
por um terço dos membros da Casa – Art. 120, VI, do Regimento da CMPA;
- após a aprovação de Parecer na CEFOR e
durante a Ordem do Dia não serão admitidas Emendas (Art. 120, § 1º, do
Regimento);
- foram retiradas as Emendas nos. 09, 10,
11, 13, 14, 15, 25 com Subemenda nº 01, 31, com Subemenda nº 01, 36, 39, 45, 46
e 50;
- incluído na Ordem do Dia
em 28-11-07;
- discutiram a matéria os
Vereadores A.Sell, A.Oliboni, S.Cavedon, C.Todeschini(cedeu p/S.Cavedon),
S.Melo, M.Danéris, G.Barbosa, M.Zacher(cedeu p/S.Melo), J.A.Dib, M.Pinheiro
(cedeu p/A.Sell), M. Moraes, E.Besson, L.Braz, E.Guimarães e Prof.Garcia;
- discutiu a matéria o
Ver. C. Comassetto.
A SRA. PRESIDENTA
(Maria Celeste): Em
discussão o PLE nº 021/07. (Pausa.) O Ver. Marcelo Danéris está com a palavra
para discutir o PLE nº 021/07, por cedência de tempo da Verª Maria Celeste.
O SR. MARCELO DANÉRIS: Verª Maria
Celeste, Presidenta da Câmara Municipal; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, público que nos acompanha aqui e pela TVCâmara, nós estamos prestes
a votar um Orçamento que vai definir os últimos investimentos da atual gestão
para o ano de 2008.
O primeiro Orçamento de 2005 era um Orçamento que
deveria ser executado de 2004, o último ano da gestão da Administração Popular.
Lá estavam previstos quase 300 milhões de reais de investimentos. Foram
executados, naquele ano, segundo o Secretário da Fazenda Cristiano Tatsch, aqui
na Câmara de Vereadores, 85 milhões de reais. Fico com os dados do próprio
Secretário da Fazenda.
No segundo ano, foram determinados 215 milhões de
reais de investimentos para Porto Alegre, foram investidos, em 2006, 105
milhões de reais. Bem menos da metade, no primeiro; menos da metade no segundo
e, no terceiro ano, um Orçamento foi claramente executado, o da propaganda e
publicidade. Estavam destinados 7 milhões de reais para a publicidade e
propaganda, que é a média anual, inclusive do Governo Fogaça, e é a média anual
dos últimos 10 anos. Em agosto deste ano já tinham sido gastos 14 milhões de
reais. Para a Saúde, neste mesmo ano, foram destinados 16 milhões de
investimentos - não vamos confundir com o custeio, a manutenção e tudo o mais.
Dezesseis milhões de reais de Orçamento próprio do Município para
investimentos. Até final de setembro, deste mesmo ano, tinham sido investidos
na Saúde 993 mil reais, dos 16 milhões de reais do recurso municipal para
investir na Saúde.
Ora, este Orçamento não vem sendo cumprido nos
últimos três anos, primeiro, porque não tem um Plano Plurianual, já foram
mudados todos os anos o que deveria ser um plano para os quatro. A Lei de
Diretrizes Orçamentárias tinha tantos erros, que vieram Mensagens Retificativas
e nem assim resolveu. E, na Lei de Diretrizes Orçamentárias, sumiu o Hospital
da Restinga; simplesmente, sumiu, porque tinha antes e, de repente, não tinha
mais. E nós apresentamos uma Emenda e o Hospital da Restinga apareceu de novo.
Apareceu, mas os recursos ao Orçamento foram reduzidos de 1 milhão de reais
para 400 mil reais. Não fizeram nada até agora e já reduziram o investimento no
hospital que não existe.
Esse, Ver. Oliboni, é o compromisso que essa gestão tem na Saúde, ou seja, uma
crise gravíssima na Saúde: o Secretário cai no meio do ano, postos de saúde
fechando, Postão da Cruzeiro fechando; o hospital que não existe teve reduzido
para menos da metade o dinheiro do investimento. Esse é o compromisso com a
Saúde. Agora, o número de CCs aumentou; o número de estagiários - é o mais
gritante - aumentou de 1.000 para 1.700 estagiários. Esse é o investimento do
Governo Fogaça! O gasto com consultorias passa de 8 milhões de reais, e o de
publicidade e propaganda, a perspectiva é de que chegue a 20 milhões de reais
neste ano. Vinte milhões de reais!
Vem
cá, mas qual é o compromisso que essa Prefeitura tem com a Cidade? O que está
prometido no Orçamento que nós vamos votar agora, meu Líder, Ver. Adeli Sell?
Que vai se investir 10% do Orçamento, mais de 200 milhões de reais. Nunca fez.
E pior: conta com o dinheiro do tarifaço da Yeda, que não foi aprovado. Porque
nem o Prefeito Fogaça indo para a imprensa dizendo que era a favor dos
aumentos, a favor do tarifaço da Governadora Yeda Crusius, nem assim foi
aprovado: foi derrotado! Mas constam como possibilidade de Orçamento para o ano
que vem os recursos do tarifaço que não existe mais. Como é que se mantêm esse
investimento, então? Como é que realizam as obras? Aí me dizem: não, tinha mais
de 600 obras atrasadas do Orçamento Participativo e estão sendo feitas. Não é
verdade, porque o próprio Governo, nos seus materiais oficiais, disse que eram
160; botou as 160 obras no primeiro Orçamento, não fez; botou no segundo
Orçamento, não fez. E adivinhem só: as 160 obras estão no Orçamento deste ano
de novo. Mas como que tinham feito se elas não saem do Orçamento nunca? É obvio
que não fizeram! É um desrespeito constante com a participação popular e com a
cidade de Porto Alegre, é um Governo que não investe em Porto Alegre, e o que
gasta, gasta mal.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação o PLE nº 021/07. (Pausa.)
O
Ver. Adeli Sell está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 021/07.
O
SR. ADELI SELL: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; meus colegas Vereadores, vejam o que está
acontecendo em Porto Alegre, a Capital dos gaúchos, sempre com essa história de
que esta Câmara é diferente, que aqui tem outras posturas! Mas, aqui, a partir
de ontem, “a canga funcionou”! Eu quero que alguém venha falar sobre emendas do
Parlamento Federal nesta tribuna. Nós sempre criticamos o absurdo das fortunas
das Emendas Parlamentares, mas todo o problema do Congresso Nacional é o
Governo petista. E o que nós estamos vendo aqui é botarem a canga na Bancada do
PTB, Bancada essa que honrou a tradição desta Casa de assinar destaques; nós
sempre fizemos isso, meu caro Elói Guimarães, V. Exª é testemunha de que essa
era a tradição desta Casa para propiciar o amplo debate! Nós assinamos emendas,
assinamos destaques e fomos falar contra, votar contra, mas nós demos o direito
do contraditório.
Diziam
que os Secretários do PT vinham aqui no Plenário para pressionar. Eu quero
dizer que os nossos Secretários vinham ao encontro dos Vereadores, como iam às
comunidades pobres da periferia, porque a trajetória da Frente Popular do PT
sempre foi de ouvir o povo, de dialogar com a oposição! Agora, não! Uma maioria
que não consegue dar quórum, que ontem fez a palhaçada que fez aqui dentro e,
depois, foi dizer para a imprensa que foi a Bancada do PT que não estava
presente. A Bancada do PT tinha nove Vereadores aqui presentes. Hoje, da mesma
forma, se não fôssemos nós, novamente não teria quórum para começar a Sessão. E
a Bancada do Governo tem 26 Vereadores, o PT tem nove Vereadores. O Governo
Municipal não só “colocou a canga”, mas pegou o ajoujo e fez o serviço
completo, colocando a Bancada do PTB de joelhos!
Meus
companheiros trabalhistas, eu lastimo, eu entendo até a situação de vocês, mas
eu esperava que os senhores e as senhoras fossem continuar com a mesma posição
de ontem, é uma lástima! Agora, eu quero dizer que o PT entrou com o seu
primeiro representante nesta Casa, o jornalista Antonio Hohlfeldt, em 1982; foi
a primeira Bancada do Partido dos Trabalhadores. E, pela primeira vez, em 26
anos de presença petista nesta Casa, a Bancada do PT votará unanimemente contra
o Orçamento. E nós vamos às ruas! Nós vamos falar ao povo de Porto Alegre o que
está acontecendo nesta Casa! Não adianta fazer cara feia, não adianta xingar,
não adianta pressionar! Nós vamos mostrar como se age com dignidade, como não
se deixa colocar a canga, como não nos submetemos. O Orçamento tem Emendas que
dão grana, dinheiro para instituições diretamente vinculadas a alguns
Vereadores, umbilicalmente! É uma vergonha, é um escárnio para esta Casa! As
mesmas Emendas que a gente fez sobre obras, de um lado foram aprovadas; as
nossas, que eram do Orçamento Participativo, não foram aprovadas!
Nós
não estamos disputando migalhas, nós não estamos disputando questões
particularistas; nós estamos discutindo o futuro de Porto Alegre, porque o
futuro de Porto Alegre será o atraso, o conservadorismo, a manipulação, com a
base de sustentação deste Governo, que é um desgoverno do primeiro ao quinto!
Eu
tenho orgulho de aqui defender as posições do Partido dos Trabalhadores, e o
nosso voto será “não” ao Orçamento, porque esse Orçamento não vale! Esse
Orçamento não vale, é picaretagem! Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº
021/07.
O
SR. ALCEU BRASINHA: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu quero falar o
contrário do Ver. Adeli: eu quero votar “sim” ao Orçamento. Com muito orgulho
temos o Prefeito Fogaça comandando a Cidade. E quero responder também para o
Ver. Adeli, pois ele disse que nós botamos uma “canga”. Não, senhor! Nós não
usamos canga! Ninguém nos bota canga. Aqui, simplesmente, nós temos diálogo. E
retiramos a assinatura porque falaram do nosso Partido, o nosso Líder não
aceitou e pediu que retirássemos a assinatura, por isso foi retirada. Quero
dizer para o Ver. Adeli que certamente o Orçamento será votado e aprovado,
porque o Prefeito Fogaça vai fazer muito mais do que vem fazendo e avançando.
Pode ter certeza absoluta de que vai continuar fazendo. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para encaminhar a votação do PLE nº 021/07.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, estamos, agora, na
fase de encaminhamento e vamos partir para a aprovação do Projeto da Lei
Orçamentária para o ano de 2008. O Projeto tem uma receita de 2 bilhões, 820
milhões e 570 mil reais. Quero falar um pouco do que está previsto para
acontecer em Porto Alegre no próximo ano. Acho que este é o divisor de águas.
Nesta
semana nós estivemos, por exemplo, no Centro Popular de Compras. Lá já estão
adiantadas - e muito - as obras, serão construídas 800 lojas, todo o sistema,
na parte debaixo, para a circulação para o ônibus – preparando algo que vai ser
muito discutido em Porto Alegre que é a questão dos próprios portais.
Vamos
falar das onze novas empresas que ultimamente foram deslocadas para o Parque
Industrial da Restinga. Durante tantos anos, se falava: “Ah, mas e o Parque
Industrial da Restinga?” Hoje já é uma realidade que está começando. Vamos mais
adiante: a questão do Porto Seco. Algo com o que o Prefeito se comprometeu, foi
construído aqui nesta Casa, foi feita uma Emenda, tivemos que apresentar uma
Subemenda para salvar. É uma demanda da Cidade, uma demanda da Região e vai ser
contemplada, sim; basta esta Casa acolher.
Vamos
falar também da questão do Alvará na Hora. Agora já está partindo para o
segundo momento; eram milhares de empresas que viviam no anonimato e não
conseguiam nada. De uma hora para outra, esse Alvará na Hora deu dignidade, deu
nome e CGC a essas empresas; e agora as pessoas estão trabalhando para a sua
regularização.
Mais:
a obra do Conduto Álvaro Chaves, que será concluída no início do próximo ano,
uma obra de mais de 50 milhões de reais.
Outra
obra: quando entramos na free-way, vemos a realização do Projeto Entrada
da Cidade - o PIEC -, que está mudando a cara daquela região. Todos os anos,
indo para o Litoral, as pessoas tinham que tomar cuidado ao passar por ali,
cuidar de seus carros, porque, nos assaltos, furavam os pneus de seus carros.
Agora, com o PIEC, estão dando dignidade e construindo casas naquela região!
Vamos
abordar algo mais: o Viaduto Leonel Brizola, que está em construção e será
concluído no ano que vem, trazendo desenvolvimento para toda aquela região, com
universidades próximas - a própria Fecomércio está instalando as suas faculdades.
Também a questão do Projeto Socioambiental, que ontem começou na Restinga,
será, sem sombra de dúvida, o maior projeto realizado em Porto Alegre nos
últimos 30 anos. Será um projeto grandioso, que vai fazer passar o saneamento
básico, de 27%, para 77%. Imaginem os senhores que, em 2012, até à Pedra
Redonda, nós teremos balneabilidade no Guaíba. Isso foi feito neste Governo, e
é algo que está dentro deste Orçamento.
Então,
a discussão é: o que está sendo proposto em cima desses 2 bilhões e 820 milhões
de reais? Sem contar com a questão de duas escolas novas de Ensino Fundamental
integral, e 19 creches. Realmente, está-se pensando, tendo um olhar para a
Cidade, respeitando a decisão da população pelo Orçamento Participativo, já que
320 milhões serão investidos nessas demandas que estão sendo discutidas.
Eu
quero dizer que Porto Alegre, sim, vive hoje uma nova realidade, um Orçamento
enxuto, real, compatível porque está trabalhando com Programas, fazendo com que
as Secretarias trabalhem conjuntamente, transitem entre os diversos Programas.
Ou seja, de um Programa, fazem parte quatro ou cinco Secretarias, o que eu acho
muito importante. Quem ganha com isso é a Cidade, é a população. Então, só
temos que, na realidade, em nome do PMDB, dizer “sim” ao Orçamento para 2008.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para encaminhar a votação do PLE n°
021/07.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, estamos, neste
momento, encaminhando a discussão do Orçamento da Cidade, talvez a Lei mais
importante que votaremos este ano, porque está prevista a votação do Plano
Diretor para 2007. Acho importantíssimo este debate, porque a proposta de
Orçamento da nossa Cidade é apresentada num dos mais modernos modelos de gestão
pública. A Prefeitura de Porto Alegre conhece a metodologia, garante
transparência, maior acompanhamento nosso, dos Vereadores, para que possamos
cumprir as atribuições do nosso Legislativo. Eu ainda destaco como fundamental
deste Orçamento a prioridade da aplicação do dinheiro público. As prioridades
são exatamente para a população de baixa renda e foram definidas no debate da
Prefeitura de Porto Alegre, nas diversas reuniões regionais e temáticas do Orçamento
Participativo. Lembro que, em 2007, em relação a 2003, a participação da
população nas reuniões do Orçamento Participativo cresceu 23%. As prioridades
apresentadas foram exatamente voltadas às periferias da Cidade: habitação
popular, educação, saúde, assistência social, educação infantil. Portanto,
fiquei horrorizada, realmente horrorizada com a intervenção do Ver. Adeli Sell,
que disse que este é um Orçamento picareta. Mas, depois de 16 anos,
compreendendo as reuniões, a dinâmica, a participação do Orçamento
Participativo, dizer que este Orçamento - discutido com a população nas
reuniões temáticas e regionais - é um Orçamento picareta é um desrespeito a
tudo aquilo que foi discutido no Orçamento Participativo da nossa Cidade. Eu
ainda queria dizer que também não é verdade a outra afirmativa do Vereador.
Primeiro, não é picareta. Eu acho que as decisões do OP foram bastante
responsáveis e sérias. O
COP, inclusive, teve uma reunião extremamente importante quando fechou as
demandas de todas as regiões.
Mas,
não bastasse isso, acho que o Vereador faltou com a verdade quando disse que
sua Bancada, a Bancada do PT, nunca votou contra o Orçamento. Ainda bem que
hoje temos a Taquigrafia, os registros oficiais, a televisão, porque depois de
16 anos que a Bancada dele estava na Prefeitura de Porto Alegre, o primeiro ano
que eles perderam a eleição, no ano de 2005, votaram contra o Orçamento -
talvez o Ver. Adeli Sell tenha esquecido disso. Em 2005, a Bancada do PT votou
contra o Orçamento, o primeiro ano após sair do Governo.
Mas
acho que avançamos muito nos últimos anos, desenvolvemos uma metodologia de
muito debate individualizado com as Bancadas, independentemente de serem da
base do Governo ou da oposição. Recordo que, no ano passado, inclusive,
aprovamos o Orçamento com 11 dias de antecedência, por consenso, em um bloco de
Emendas acordadas, após inúmeras reuniões feitas com a presença do Secretário
de Programação Orçamentária, do Secretário-Adjunto, buscando a constituição do
consenso.
Mas
o debate político é sempre muito bem-vindo, só que ele tem que corresponder à
história e à verdade dos fatos. E o fato de não termos votado o Orçamento ontem
e estarmos votando logo mais, ainda na tarde hoje - se tudo ocorrer bem -, eu
acho que foi muito acertado. Todas as vezes que a Bancada do PT tinha dúvidas,
nós adiávamos a votação da discussão do Orçamento para que dizimassem as
dúvidas. Ontem, a Bancada do PTB pediu um tempo para reunir e tomar uma decisão
política. E eu acho que seria um desrespeito com a Bancada do PTB se nós não
tivéssemos feito o adiamento por 24 horas para que a Bancada de seis Vereadores
pudesse se reunir, aprofundar os debates e decidir se queria ou não –
democraticamente – retirar as assinaturas dos Destaques de Emendas. Acho que
são procedimentos usuais, democráticos, acho que o debate é bem-vindo, mas não
pode falsear a verdade.
(Não
revisado pela oradora.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Não
há mais quem queira encaminhar. Em votação nominal o PLE n° 021/07. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) APROVADO por 25 votos SIM; 7 votos NÃO,
com parecer favorável também da Comissão para as Emendas nº: 02; 05; 12; 16; 19
com a Subemenda nº 01 de Relator; 20; 21; 23 com Subemenda nº 02 de Relator; 26
com Subemenda nº 01; 29; 30 com Subemenda nº 01; 34 com Subemenda nº 01; 35;
42; 43; 44; 47 com Subemenda nº 01 de Relator; 48; 54 com Subemenda nº 01 de
Relator; 61; 68; 69; 70; 72; 73 e 80 de Relator.
Essa
foi a aprovação do Projeto e das Emendas. Vamos para a segunda parte da
votação. Votação das Emendas destacadas. Emenda de nº 37 de autoria do Ver.
Aldacir Oliboni.
O
SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Senhora
Presidenta, eu acho que o nosso Regimento é muito claro. Até o término da
discussão, quando são retiradas as assinaturas das Emendas destacadas, cai o
destaque. Eu acho que isso é uma coisa que sempre foi usada na Casa, porque é
tão claro no Regimento, que eu acho que não caberia nenhuma discussão na
Comissão de Constituição e Justiça. Eu pergunto a V. Exª - que sempre respeitei
e continuarei respeitando na presidência -, por que V. Exª está tomando hoje
uma atitude diferente do que realmente diz o Regimento?
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Na
realidade, Ver. Luiz Braz, o Regimento é omisso nesta parte e cabe a Presidenta
deferir ou não, conforme a orientação da Procuradoria; e foi exatamente esta
decisão que nós tomamos.
O
SR. LUIZ BRAZ (Requerimento): Da
decisão de V. Exª nós pedimos recursos, apelamos para a Comissão de Justiça. Eu
sei que V. Exª não vai dar efeito suspensivo, mas eu acho que é bom que a
Comissão de Constituição e Justiça possa se manifestar.
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Com
certeza, Vereador. Por gentileza, encaminhe por escrito. Eu acolho o
Requerimento sem efeitos suspensivos.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Senhora
Presidenta, aqui há um conjunto de Emendas Destacadas. A pergunta que eu faço é
se as Emendas integrantes do PTB estão arroladas?
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): As
Emendas do PTB foram retiradas pelos autores, Vereador, por isso não estão
arroladas, teriam o mesmo critério.
Em
votação a Emenda nº 37, destacada, ao PLE nº 021/07. (Pausa.) O Ver. Aldacir
Oliboni está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 37,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. ALDACIR OLIBONI: Nobre
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores, Vereadoras, público que
acompanha a nossa Sessão de hoje, eu diria que a Peça Orçamentária do atual
Governo é desumana, porque ela aprova reforma de canil e não aprova
a ampliação dos PSFs, do atendimento médico, das ecografias do Dr. Goulart, na
área da Saúde, enfim, uma infinidade de programas que gostaria de saber como o
Governo justificará ao Ministério da Saúde quando for buscar recursos.
Ontem, aqui nesta Casa, na
Comissão de Saúde, foi dito pelo atual Governo que seria duplicado o número de
agentes comunitários em Saúde; mas onde, se a peça orçamentária não destina
nenhum recurso? Ontem mesmo, o PAC, do Governo Federal, abre espaço para que os
Governos Municipais ampliem, de fato, os programas de saúde comunitária.
Dr. Raul, a Emenda nº 37 é
para desafogar as grandes filas do atendimento médico, principalmente no
Extremo Sul, porque há apenas 1 milhão e 200 mil reais para o Parque Belém!
Acho uma verdadeira demagogia o que acontece nesta Casa, ouvimos todo santo dia
pessoas falarem que precisamos investir em Saúde, e vetam uma Emenda de um
milhão e duzentos mil reais para o Parque Belém – Extremo Sul! Aí querem
defender o Pronto Atendimento, o Pronto Socorro do Extremo Sul; isso é uma
enorme contradição!
O
Relator desta matéria, que me perdoe, não tem conhecimento de causa, está
vetando o recurso para uma região que está conclamando o Pronto Atendimento do
Extremo Sul, porque hoje o HPS não consegue atender a demanda existente! Tanto
é verdade que o Extremo Sul não tem nem uma SAMU à disposição, nem mesmo no
próprio Parque Belém. Lá na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, o Parque Belém,
os diretores, além de virem expor aqui o projeto que querem executar... Nós,
enquanto Comissão de Saúde e Meio Ambiente, fomos lá ao Parque Belém e
percebemos que é de extrema importância essa relação e esse “conveniamento” com
os hospitais. Isso precisa ser feito porque o Poder Público, infelizmente, por
falta de gestão, não consegue mais suportar a demanda no nosso Município. Aí
precisamos abrir o “conveniamento” com os hospitais que querem atender pelo
SUS, Ver. Caetano. Será que os Vereadores terão coragem de votar contra esses recursos
para o Parque Belém? Ver. Dr. Goulart, V. Exª vai votar contra? Eu não estou
mais conseguindo entender, porque, se nós tivermos coerência, nós vamos, aqui,
dar condições àquelas sugestões que nós encaminhamos, inclusive nas Comissões
que discutimos, Comissões Permanentes. Para mim, infelizmente, o Relator
desrespeitou a ação que o Município gostaria de implementar, e o Hospital
Parque Belém gostaria de atender a demanda da região que, inclusive, foi
aprovada no Conselho Distrital de Saúde e no Conselho Municipal de Saúde. Não é
por nada que o Governo desrespeita o controle social. Não é por nada que o
Conselho Municipal de Saúde não aprovou os três últimos trimestres da Saúde em
Porto Alegre. É uma verdadeira demagogia. Eu quero fazer um apelo aos nobres
Vereadores, para que votem pela Saúde. Votem pela Saúde do Extremo Sul. Votem
pelo 1 milhão e 200 mil reais para o Parque Belém. Se não, será uma
incoerência, um desrespeito com a Cidade. Falam no microfone e nas Comissões
que é preciso ampliar o atendimento médico e, na hora que isso pode acontecer,
votam contra uma proposição que é nada mais, nada menos, que uma inclusão com
aquilo que nós mais apelamos: a vida das pessoas.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O Ver. Carlos
Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 37,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; colegas Vereadores e Vereadoras, agora é a hora
da verdade, Ver. João Antonio Dib. Meus colegas Vereadores médicos desta Casa,
Ver. Dr. Goulart, Ver. Dr. Raul e Ver. Dr. Sebenelo, em 2005, quando nós
discutimos o PPA, ou seja, o Plano Plurianual, com uma Emenda de sua autoria,
nós incluímos no Plano Plurianual, o Pronto Socorro Zona Sul. E o Ver.
Professor Garcia, que estava
comigo lá, no Hospital Parque Belém, há poucos dias, estava defendendo a
constituição do Pronto Socorro Zona Sul, e, no relatório aqui, Ver. Sebastião
Melo, o senhor também estava defendendo aquele Projeto lá, do Pronto Socorro
Zona Sul. Portanto, neste momento, quando é apresentada uma Emenda para que nós
possamos viabilizar a questão da construção ou do desenvolvimento do Projeto do
Pronto Socorro Zona Sul, no Hospital Parque Belém, como é um Projeto discutido
por todos aqui nesta Casa, defendido por todos aqui nesta Casa, o Relator
apresenta uma contrariedade, e a sua assessoria qualifica erroneamente,
equivocadamente, maldosamente, porque não está escrito isso. Foi aprovada, no
Plano Plurianual, 2005, uma Emenda do Ver. Sebenelo. E nós, inclusive,
apresentamos naquele Orçamento para 2006, e foi aprovado R$ 100.000,00. Quanto
o Executivo Municipal gastou desse recurso para o Projeto se tornar realidade?
Zero. Não investiu, não movimentou uma palha. Portanto, aquele comitê - o
comitê técnico - que se reúne em todos os primeiros sábados dos meses lá no
Hospital Parque Belém tem que saber dessa decisão e dessa opinião. Nós queremos
ou não queremos qualificar o Hospital Parque Belém como o Pronto Socorro Zona
Sul? Nessa reunião que fomos há poucos dias, eu e o Professor Garcia, lá
defendemos em público que nós trabalharíamos para que tivesse recurso do
Município para o Pronto Socorro. Lá estava, naquele dia, o Deputado Onyx
Lorenzoni, junto com o Deputado Bonow, dizendo que a Bancada gaúcha criou uma
Emenda para o Hospital Parque Belém investir na construção do Pronto Socorro
Zona Sul. Portanto, não dá para ter dois pesos e duas medidas. Será que foi
rejeitada essa Emenda? Por que a primeira delas é do Ver. Aldacir Oliboni, e
depois a Emenda nº 58, é de minha autoria, com a mesma qualificação? Porque
várias emendas de Vereadores da situação que dizem respeito a temas da saúde
foram aprovadas. Essa resposta, Professor Garcia, o senhor tem que vir aqui
justificar porque esse tratamento desigual, com dois pesos e duas medidas é um
tratamento desqualificado, porque não vê a Cidade, vê quem é o autor da Emenda.
E não dá para trabalharmos nessa lógica. Quantos projetos nós discutimos, aqui,
de interesse do Executivo, defendemos, apoiamos, fomos atrás, buscamos
recursos, qualificamos a relação com o Governo Federal, que está mandando, só
para o próximo ano, 401 milhões para o Município de Porto Alegre! Temos
militado na busca desses recursos para o Município de Porto Alegre,
independente de a Prefeitura perder dinheiro, e todos nós sabemos, Ver. Dr.
Raul - V. Exª ouviu lá no HPS -, que o QualiSUS perdeu em torno de 4 milhões
por não ter projetos. No momento em que nós queremos qualificar o chamado
Pronto Socorro Zona Sul, uma proposta do Ver. Claudio Sebenelo, aprovada no
Plano Plurianual, o Relator vem aqui e diz que não está no Plano Plurianual;
apresenta para o Governo Fogaça votar contra. Nós teremos que fazer uma grande
divulgação, lá no Hospital Parque Belém e na região, de quem votou a favor e
quem votou contra esta Emenda. É exatamente isso que nós temos que fazer. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): O
Ver. Dr. Goulart está com a palavra, para encaminhar a votação da Emenda nº 37,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. DR. GOULART: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras,
poderá parecer uma incoerência a votação que a Bancada do PTB vai ter que
fazer. Eu tive uma profunda conversa com o Secretário Eliseu Santos, e ele nos
mostrou que, se neste momento, aprovarmos a criação do Pronto Socorro,
necessário na Zona Sul, ele não terá recursos para isso. Mas terá recursos,
logo ali adiante, para fazer isso, sim, porque o Ministro José Gomes Temporão
prometeu elevar o teto de recursos, fundo a fundo, entre a União e o Município.
Se o Ministro Temporão cumprir a promessa - e eu acredito que vai cumprir -,
aí, nós, da Bancada do PTB, nos aliaremos e exigiremos o caro e necessário
investimento do Pronto Socorro Zona Sul. Agora, é evidente que as pessoas que nos ouvem,
os próprios Vereadores que entraram nesta Legislatura, pelo menos, têm que saber
que nenhum dos pleitos nossos nessa direção foram aceitos pelo Governo que nos
antecedeu. Então não pode parecer que neste momento uma Bancada está a favor
deste investimento e outra Bancada está contra, porque isso será uma injustiça
para o pensamento das pessoas que nos ouvem. O que acontece? Já discutimos isso
no Governo passado, e não foi aceito, e nós entendemos porque não foi aceito,
porque não havia recursos para tal. É necessário um investimento fortíssimo, e
não pode haver irresponsabilidade por parte de um Governo de aceitar uma
proposta que não poderá cumprir, ou de aceitar uma proposta que vai exigir que
se findem outros serviços que já estão mal neste momento. Agora, pela terceira
vez, eu falo, porque é didaticamente necessário que fiquem em vossas mentes: se
o Ministro Temporão, o Governo Lula aumentarem o nosso teto, isso poderá ser
feito. Será uma manobra de justiça...
(Aparte anti-regimental da Verª Maristela Maffei.)
O SR. DR. GOULART: Então logo
depois do aumento, nós lutaremos pela instalação dessa urgência na Zona Sul.
Entendam, e vou dizer agora, pela segunda e última vez, para encerrar: essa
mesma proposta não passou em outros Governos, essa mesma proposta não passou no
Governo do Partido que quer fazê-la agora, e eu tenho sido justo em todos os
momentos quando analiso essa situação. Então não pode um Vereador do PT dizer
que nós não vamos votar, e que eles vão votar, quando, no passado, não puderam
fazê-lo. Não é que não quiseram, não puderam fazer. Infelizmente, o Governo
Fogaça não tem condições para tocar esse caro, necessário e desejável
empreendimento na Zona Sul. Agora, se o Governo Lula e o Ministro Temporão
melhorarem o teto – e fui repetitivo porque é necessário que assim eu seja -,
no outro dia estaremos com bandeiras e faixas exigindo que o Governo Fogaça
cumpra o Pronto Socorro Zona Sul, que o Ver. Oliboni defende tanto e nós
também.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): A Verª
Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 37,
destacada, ao PLE nº 021/07.
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Srª Presidenta; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, senhoras e senhores, eu queria mostrar,
Ver. Goulart, Ver. Ervino Besson, que ontem, foi entregue – sei que parece não
ter nada a ver - o Prêmio para Ivo Fortes, o último Líder Comunitário – porque
agora o Prêmio está extinto. O seu Ivo, como é conhecido, faz parte, Ver.
Garcia - a quem quero muito agradecer, pois presidiu aquele ato solene -
exatamente da Câmara Técnica. Está aqui a direção do Hospital Parque Belém,
Ver. Dib, Dr. Goulart. E ontem – um momento lindo que
nós tivemos aqui com o Diretor-Presidente – o principal assunto do seu Ivo, o
nosso Líder Comunitário de Porto Alegre, junto à Direção do nosso Hospital
Parque Belém, era a alegria de saber que a Câmara de Vereadores hoje ia indicar
a verba necessária. O que eu quero perguntar ao meu querido amigo Dr. Goulart é
se o aumento do teto é sobre o salário? Porque, em relação ao teto, hoje o
Ministro Temporão deixou claro que em relação à questão do teto, quanto à
questão do reparo, já foi aceita a proposta e está sendo colocada em prática.
Qual é o problema em aprovar aqui, se o problema era esse? O senhor disse agora
aqui, Vereador. Então eu acho que nós temos que fazer novamente a votação, Ver.
João Dib. Se o problema era esse, acabou, porque aquele Hospital recebeu, no
ano passado, apenas do Deputado Beto Albuquerque, por Emenda parlamentar, que
melhorou as condições do nosso Pronto Socorro da Zona Sul, a questão dos
aparelhos que estavam defasados. E o nosso Governo Municipal não coloca uma
janelinha para a Saúde. Tem gente aqui preocupada com o teto muito mais do seu
do que o sagrado juramento, Ver. Dr. Raul. O sagrado...
(Aparte anti-regimental. Inaudível.)
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Pode fazer
aparte, Vereador, por favor, eu vou retificar se estou errada. Não pode? Então
eu vou fazer, o senhor está dizendo que não veio aqui reivindicar teto para
aumento do salário. É teto do repasse. Então, Vereador, não tem mais desculpas
porque já foi aprovado. O Ministro Temporão hoje disse em cadeia nacional, e a
Prefeitura sabe disso. O Ministro Temporão não é do meu Partido. De que Partido
é o Ministro Temporão? É do PMDB, Ver. Dr. Raul! Então o mínimo que esta Casa
pode fazer, neste momento, é aprovar isso, porque o Governo Federal que hoje
está neste País jamais iria desonrar o seu compromisso com a questão da Saúde,
como tem feito, porque não é apenas uma saúde curativa, é na saúde que se
preocupa com a fome, com a educação, com o teto e, em especial, com a saúde que
o senhor, como médico, sabe tratar, com certeza, melhor do que esta Vereadora
que não é especialista e nem médica.
Então, senhoras e senhores, esta Casa está sendo
profundamente irresponsável, Ver. Luiz Braz, é o meu pensamento enquanto Líder
da Bancada do PCdoB, por não apontar alternativas, por não dar uma oportunidade
de continuar essa luta, porque nós sabemos que o Orçamento é de um ano para
outro. Isso significa que apenas quando este Prefeito sair da Prefeitura
Municipal – e vai sair – é que virão as verbas para salvar a Saúde do Extremo
Sul. Muito obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): O Ver. João
Carlos Nedel está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 37,
destacada, ao PLE nº 021/07.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª
Presidenta, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, foi muito bom o Ver. Carlos Comassetto vir aqui e dizer que
chegou a hora da verdade. Ótimo! Então vamos falar na verdade. Quem é contra,
quem pode ser contra o Pronto Socorro Zona Sul? Ninguém, evidente. É uma coisa
boa, sem dúvida. Então é importante para Porto Alegre. Muito bem. Quem é que
paga, Ver. Luiz Braz, é só isso que nós queremos saber, essa Emenda de um
milhão e 200 mil reais? Vai pagar? Funcionará dois ou três meses, e acabou o
Pronto Socorro Zona Sul. Há muitos anos esse assunto tem sido debatido. O
Hospital Parque Belém tem várias salas que já adaptaram, que já receberam
inclusive verbas do Município, do Governo Estadual e até, talvez, do Governo
Federal que foram aplicadas em equipamentos que estão lá, alguns já
transferidos para o próprio Hospital para a utilização porque estavam ociosos.
Portanto eu, como Presidente da Comissão de Saúde... no ano passado estivemos
lá, qual era o problema? Que o SUS desse uma verba especial contínua para o
funcionamento do Pronto Socorro da Zona Sul. O Município não pode arcar com
esse recurso, todos nós sabemos. O Ministro Temporão prometeu. Olhem, nós já
temos promessa de ressarcimento do dinheiro das estradas, da Lei Kandir e muito
mais, e, até hoje, nada! De promessas, estamos cheios. Coloquem no Orçamento,
cumpram, e aí, sem dúvida, nós vamos lutar, ninguém é contra! Agora, fazer
proselitismo sem dinheiro é impossível. Aí prometeram: “Ah, vamos mandar mais 400
milhões para lá”. Muito bem, quanto é para o Grupo Hospitalar Conceição? Quanto
é para o Hospital de Clínicas e quanto vem para a Prefeitura? Porque, antes de
o PT sair da Administração, fizeram a tal de contratualização, Ver. João
Antonio Dib, deram mais dinheiro para o Hospital Conceição, mais dinheiro para
o Hospital de Clínicas, o que é uma coisa boa, só que retiraram da Prefeitura!
E aí fica uma pessoa, um ano e meio, esperando uma cirurgia de prótese! Ora,
meu Deus do céu! Então, vamos ser realistas e, realmente, chegou a hora da
verdade: todos somos a favor do Pronto Socorro da Zona Sul, e mais, do Hospital
Parque Belém, hospital que já existe, não precisa de dinheiro para a
construção, para nada, e já tem a metade dos equipamentos, mas faltam recursos
para o seu funcionamento, bem como outros equipamentos ainda. Mas não pode ser
para funcionar dois ou três meses, tem de ser contínuo; aí falta verba. E falta
verba do Governo Federal. E isso é a verdade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maristela Meneghetti): Obrigada, Ver.
João Carlos Nedel.
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para encaminhar
a votação da Emenda nº 37, destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. LUIZ BRAZ: Srª
Presidenta, Verª Maria Celeste, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras,
senhoras e senhores, eu acho que todos os Vereadores, aqui, que conhecem as
atuais instalações do Hospital Parque Belém, principalmente daquela ala em que
está pronto o pronto-socorro para ser colocado em atividade, todos nós queremos
que esse pronto-socorro comece imediatamente a funcionar. Nós fomos lá,
conversamos com os dirigentes, que querem, de todas as formas, fazer um grande
acordo para que o pronto-socorro possa funcionar. Agora, o que não pode, Ver.
Haroldo, é nós pegarmos essa luta do pessoal da Zona Sul, essa luta dos
dirigentes do Parque Belém e trabalharmos essa luta de uma forma demagógica,
simplesmente para que ela não chegue a ponto nenhum. Vereador Goulart, V. Exª é
médico, é um lutador da área da Saúde, mas eu nunca vi V. Exª usar aqui de
demagogia para tentar conseguir voto. Para que adiantará, senhores, para o
funcionamento de um hospital de pronto-socorro, nós destinarmos aqui um recurso
como o que está sendo votado aqui através desta Emenda? Vão fazer funcionar
durante dois meses, talvez três meses, e aí pára tudo! E V. Exª, Vereador, vai
ser o primeiro Vereador, o primeiro a sair à rua, apontar o dedo em direção à
Administração e dizer que eles são incompetentes!
Mas
acontece que V. Exª está usando de demagogia, fazendo com que recursos que V.
Exª tem certeza de que não são suficientes sejam repassados ao hospital de
pronto-socorro. Para que ele possa funcionar por quanto tempo? Nós não podemos,
Vereador, trabalhar uma questão tão sagrada com essa do Hospital Pronto Socorro
da Zona Sul desta forma. Eu quero que todos nós Vereadores estejamos juntos
nesta batalha. A Verª Maristela Maffei disse assim: “Pode deixar, o Governo
Federal repassa recursos!”. Ora, pelo amor de Deus, o Governo Federal não está
repassando nada para o Rio Grande do Sul e nada para Porto Alegre! O que
aconteceu, nos últimos tempos, é que recursos foram retirados de Porto Alegre!
Os recursos foram colocados lá no Grupo Conceição. Para quê? Para pagar seus
dirigentes, com 20 ou 30 mil reais, e não fazer nada pela Saúde? É isso? Não
pode ser assim. Eu acho que a luta do Hospital de Pronto Socorro é uma luta de
todos nós, de todos os Partidos. Eu acho que não pode ter situação e oposição
para colocar o Hospital de Pronto Socorro Zona Sul funcionando, precisamos do
empenho, do esforço, de todos nós, Vereadores. Nós não podemos usar uma
bandeira como essa, Ver. Ervino Besson, dessa forma! Uma bandeira assim nós
temos que empunhar com honra, com dignidade, não pode ser uma busca de votos,
pura e simplesmente, porque, senão, nós estaremos desonrando o nosso mandato, e
não é para isso que nós estamos aqui; nós estamos aqui para bem representar a
sociedade. E, numa luta como essa, para que nós possamos colocar em
funcionamento o Hospital de Pronto Socorro da Zona Sul, nós temos que nos
ombrear, cada um de nós, Vereadores, cada cidadão desta Cidade, porque ele está
fazendo falta! Claro que sim! Mas, pelo amor de Deus, vamos fazer festa com a
desgraça dos outros?
É
claro, Ver. Haroldo de Souza, uma ambulância, às vezes, sai lá da Restinga,
passa pela porta do Hospital Parque Belém e não pode parar ali, porque não tem
pessoal, e vem até aqui, perde um tempo danado para chegar até o Centro. E é
claro que nós precisamos corrigir isso, mas não é desta forma que nós vamos
corrigir. Vamos trabalhar seriamente, vamos trabalhar dignamente, para que o
Hospital de Pronto Socorro da Zona Sul seja uma realidade, para que todo o
mundo lá possa se servir disso e possa saber que tem uma boa representação
nesta Câmara de Vereadores.
(Não
revisado pelo orador.)
A
SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste):
O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda
nº 37, destacada, ao PLE nº 021/07.
O
SR. HAROLDO DE SOUZA: Srª
Presidente, Vereadores e Vereadoras, quando eu cheguei aqui nesta Casa, no
primeiro mandato de Vereador, eu cheguei com o meu jeito de achar, de acreditar
que as coisas poderiam ser feitas. E, num dos primeiros Projetos que eu fiz, eu
falei a respeito de um pronto-socorro 2, para desafogar o Pronto Socorro 1, que
é esse que nós temos aqui no Centro. Mas, por favor, demagogia não, Ver.
Aldacir Oliboni! Não! Por favor! O senhor disse que é uma demagogia se nós não
votarmos a aprovação desta sua Emenda! Espera aí, o que não pode são as pessoas
da Zona Sul acharem, amanhã, por receber e-mails, comunicados,
panfletos, sei lá o quê, que a base do Governo votou contra a criação do
pronto-socorro 2, não é verdade? Isto aqui tem que ser sério! Vocês estão
acostumados a fazer isso. Como é que eu sei? Porque eu sei que vocês gostam
muito da tecnologia, que vocês usam bastante o computador, que vocês mandam e-mails
para todos os nossos colunistas, que vocês procuram as emissoras de rádio,
que vocês contam: “Ontem, na Câmara, a Bancada do PT estava com um Projeto demagogo...”
Demagogo vocês não colocam! “...com um milhão e 400 mil reais para arrumar o
pronto-socorro...” Não vão arrumar o pronto-socorro 2 com um milhão e 400 mil
reais! Só por um mês, no máximo dois meses! Vamos parar com isso!
Quem
sabe o Ver. Aldacir Oliboni, que é assim ligado com a Dilma Rousseff... Porque
no Lula eu já não acredito mais! O Lula é outra história, o negócio do Lula é
viajar e abraçar o Hugo Chávez. Numa boa! Achar que o Hugo Chávez é um
democrata, um estadista! O Lula pensa isso do Hugo Chávez, não sei onde é que
ele vê isso no Hugo Chávez, mas tudo bem! Mas a Dilma Rousseff, gaúcha, nossa,
uma mulher que eu vejo com bons olhos para a Presidência da República do
Brasil... Digo de coração! Eu sonho com uma mulher na Presidência da República
e não vejo nenhum mal que fosse a Dilma - de verdade, de coração! Nós já temos
uma mulher dirigindo a Argentina, uma mulher dirigindo o Chile, uma mulher
dirigindo os destinos da Alemanha... Por que o Brasil não pode ser dirigido
pela Dilma Rousseff? Estou falando de coração, e você sabe disso, Verª
Margarete Moraes.
Agora,
espera aí, dizer que o pronto-socorro 2 só não vai funcionar porque nós não
assinamos a Emenda do Sr. Exmo. Vereador do Partido dos Trabalhadores, Ver.
Aldacir Oliboni... Nossa! Vocês estão brincando! A coisa é séria! Todos nós
queremos, os 36 Vereadores desta Casa querem, sim, o pronto-socorro 2. Mas sem
demagogia. Não vem que não tem. Se o Lula mandar o que deve para nós, a gente
pode fazer o pronto-socorro. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PROFESSOR GARCIA (Questão de Ordem): Vereadora, lendo o Regimento da Casa, baseado no art. 94,
que coloca (Lê.): “Requerimento é a proposição verbal ou escrita dirigida por
Vereador à Mesa, sobre matéria de competência da Câmara.” Ali, o § 1º fala que
será despachado, de plano, pelo Presidente, o Requerimento que solicitar. Cita
vários outros, e diz que os Requerimentos mencionados nas alíneas “e” e “h”,
“a” e “o” do parágrafo anterior deverão ser apresentados por escrito. O que não
se aplica. O Ver. Braz fez a sua solicitação verbalmente. V. Exª também falou
que era um caso omisso. Neste caso, então, nós insistimos para que seja
deferido, porque os casos omissos deverão ser apreciados de plano pelo
Plenário.
O Ver. Ervino Besson está
com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 37, destacada, ao PLE nº
021/07.
O SR. ERVINO BESSON: Presidenta-Vereadora, Maria Celeste; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores que nos acompanham nas
galerias e no Canal 16 da TVCâmara, eu queria saudar a todos. Meu amigo, Ver.
Aldacir Oliboni. V. Exª trabalha no Hospital da PUC. O Ver. Aldacir Oliboni
votou contra o Orçamento, e, agora, quer que a Câmara Municipal vote na Emenda
dele. É difícil de entender, Ver. Aldacir Oliboni: votou contra o Orçamento e
quer agora que se vote a favor da Emenda? É muito difícil de entender!
Ver.
Luiz Braz, V. Exª foi perfeito no seu pronunciamento. Perfeito! Qual o Partido
que vai se posicionar contra um pronto-socorro no Hospital Parque Belém?
Nenhum. Na cidade de Porto Alegre, hoje, há vazios urbanos na Zona Sul de Porto
Alegre. O crescimento da Cidade é na Zona Sul de Porto Alegre, e, sem dúvida
nenhuma, hoje ou amanhã ou depois, tenho certeza absoluta de que vai sair um
pronto-socorro na Zona Sul. É necessário! A Zona Norte tem um pronto-socorro,
nós temos o nosso extraordinário HPS, que é um orgulho para o Brasil, até para
outros países; então, nós vamos ter, sim; tem estrutura, tem áreas para
construir; o Hospital Parque Belém tem a estrutura. E vai sair, sim; mais hoje
ou mais amanhã, sem dúvida nenhuma!
Meus
queridos colegas Vereadores e Vereadoras, hoje pela manhã, acho que muitos dos
senhores ouviram o pronunciamento do Ministro da Saúde, José Gomes. Eu até
parei o carro para escutar o Ministro José Gomes Temporão. O que está
acontecendo em Brasília para votar a prorrogação daquele imposto que foi criado
para a Saúde? E o dinheiro vai para uma vala comum, pouco daquele recurso é
canalizado para a Saúde! O Ministro José Gomes, hoje pela manhã, deu o relato -
há poucas horas! - de que o Presidente da República - e ele é homem-forte do
Presidente da República - está negociando a prorrogação da CPFM. Ora, por que só
agora dar dinheiro para cá, dar dinheiro para lá, isso, aquilo? Só agora? E
antes? Para aprovar agora a CPMF! Isso, sim, é demagogia, isso é brincar com a
inteligência do nosso povo! Vamos parar com isso!
Então,
vamos trazer recursos para cá. Nós temos Senadores do nosso Estado, nós temos
Deputados Federais que representam o nosso Estado, então vamos trazer recursos
da CPMF! O Presidente quer a prorrogação da CPMF. E vai conseguir com essa
negociata toda que está saindo lá em cima, vai conseguir, sem dúvida nenhuma! É
uma verdadeira negociata o que está saindo lá! Os senhores me provam o
contrário? Os senhores sabem que é isto que está acontecendo lá: uma verdadeira
negociata! Vamos parar com isso! O povo está cansado disso!
Se
foi criada a CPMF, por que não mandam uma partezinha, bem pequenininha, para
nós construirmos o Hospital de Pronto Socorro aqui na Zona Sul de Porto Alegre?
É isso que nós queremos, o imposto foi criado para isso. Agora, se não for
prorrogada a CPMF, então vai parar a área assistenciária, vai parar isso, vai
parar aquilo? Ora, que o Governo tire dinheiro de outros setores, mas não tire
o dinheiro da CPMF, porque foi criada para a Saúde! Por favor! Hoje de manhã,
escutando o Ministro... Ora, gente! Olha, tem que ter paciência! Pois quando o
povo... Nós estamos num descrédito total. A política está num descrédito total
hoje perante a opinião pública, a população, por esse tipo de coisa que está
acontecendo. Infelizmente, a gente paga por isso. Temos Parlamentares bons em
todos os segmentos: Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e
Vereadores, mas infelizmente está acontecendo a generalização e pagamos por
isso. Vamos pagar muito caro, e a população não merece isso. Muito obrigado,
Srª Presidente.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTA (Maria Celeste): Em votação
nominal, solicitada pelo Ver. Aldacir Oliboni, a Emenda nº 37, destacada, ao
PLE nº 021/07. (Pausa.)
(Após a apuração nominal.) REJEITADA por 07 votos SIM; 19 votos NÃO.
Tendo em vista que
chegamos ao término do tempo hábil da Sessão, estão encerrados os trabalhos da
presente Sessão.
(Encerra-se
a Sessão às 18h41min.)
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